Idealismo Filosófico
O idealismo filosófico pode ser conhecido como uma corrente filosófica que em seus princípios defende a razão como única, subjetiva e particular. O idealismo acredita que a subjetividade é válida para qualquer pessoa independente do espaço e tempo a qual a mesma esteja inserida.
Para a corrente o ser humano através da sua subjetividade alcança o conhecimento do mundo verdadeiro, ou seja, a realidade só é conhecida através das ideias, por esse fato, há uma linha tênue entre o conhecimento racional e a realidade.
Além da grande relação com a antiguidade, o idealismo sofreu grandes influências modernistas e foi considerado uma das correntes mais importantes do período.
DEFINIÇÃO DE IDEALISMO
O idealismo acredita que o mundo não pode ser conhecido totalmente, para a corrente, os sentidos escondem o verdadeiro compreendimento das coisas e assim impede que algo seja desmembrado de fato, para o grande filósofo, Platão, o mundo verdadeiro só pode ser conhecido através das ideias, para ele, a realidade a qual conhecemos é imperfeita, e o mundo ideal é perfeito e não podemos conhecê-lo apenas pelos sentidos.
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OS TRÊS SENTIDOS DO IDEALISMO
O idealismo pode ser entendido em três princípios básicos: ontológicos, gnosiológico, prático.
Vamos entender cada um deles?
O sentido ontológico vê a natureza inserida em uma realidade espiritual, já a matéria, o concreto, é apenas uma ilusão imperfeita e incompleta da realidade. Nessa concepção a realidade perfeita só pode ser vista e construída a partir das ideias, Platão foi um dos principais percussores dessa vertente.
Já no sentido gnosiológico, o ser humano compreende a realidade de formas e maneiras diferentes, por esse fato, cada ser humano possui a sua particularidade e diferença em vista de outro ser humano, assim, a subjetividade de cada um no mundo material é a principal chave para se compreender a verdade ideal a ser conhecida, essa filosofia por ser vista em Immanuel Kant.
E por fim, na concepção prática, os ideias de conduta são percepções para um caminho a ser seguido pelo ser humano e o seu modo de agir no mundo, o idealismo prático situa o individuo para a ação. Essa concepção pode ser estudada na ética Kantiana.
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PRINCIPAIS RAMIFICAÇÕES
As filosofias idealistas em seu sentindo geral tem como objetivo de idealizar as diversas realidades, por esse fato, existem diversas vertentes desse mesmo pensamento, como veremos em seguida:
IDEALISMO PLATÔNICO
O pensamento idealista começou a ter suas primeiras nuances na Grécia antiga com Platão, o mesmo concebeu uma das suas maiores teorias existente na história, ele acreditava em uma espécie de mundo das ideias, mundo esse revestido pela razão, e o mundo material, que para ele era apenas uma cópia imperfeita do mundo verdadeiro e racional.
O idealismo platônico pode ser visto perfeitamente no “Mito da Caverna”, a qual a escuridão e as sombras é a representação do mundo dos sentidos, mundo esse em que a verdade não é conhecida e muito menos alcançada, e para conhecer a verdade, é preciso soltar-se das correntes, correntes essas do senso comum e buscar a luz da razão e o conhecimento da verdade universal.
Mas o idealismo platônico sofreu algumas criticas durante o tempo, alguns pensadores notaram que as ideias do filósofo eram abstratas, pois o mesmo criou dualidades, mundo das ideias e dos sentidos e a separação do corpo e alma.
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IDEALISMO ALEMÃO
O idealismo alemão teve como principal precursor Immanuel Kant (1724-1804) a qual retomou os principais conceitos do idealismo filosófico na década de 80 (século XVII- XIX).
Foi a partir da metade do século XIX que alguns grupos de filósofos seguidores do pensamento começaram a discutir sobre a corrente, sendo considerados pós-kantianos.
Podemos citar alguns desses famosos pensadores: Friedrich Wihelm Joseph Von Schelling (1775-1854), Johann Gottlieb Fichte (1762-1814), Georg Wihelm Friedrich Hegel (1770-1831).
A doutrina idealista alemã reforçava a idéia que a razão é o principal meio para se conhecer a realidade absoluta.
IDEALISMO TRANSCENDENTAL
O idealismo de Kant pode ser conhecido como um idealismo transcendental, e você deve estar se perguntando, como assim transcendental?
O mesmo fundamentou suas ideias em uma perspectiva em que o conhecimento não é constituído através de uma experiência neutra, ou seja, para ele os indivíduos enxergam o mundo conforme a sua subjetividade, subjetividade influenciada pelo espaço, meio, momento histórico e principal a sociedade a qual está inserido, ou seja, a influência social e as experiências obtidas é o principal fator para o conhecimento racional.
IDEALISMO HEGELIANO ABSOLUTO
Hegel foi um dos principais críticos do idealismo defendido por Kant, o mesmo colocava que a razão é movida pela própria razão e com as suas principais transformações e conteúdos. O mesmo defendia que a razão não era apenas parte da história, e sim, a história.
Hegel conceitua que a razão é a principal fonte para a transformação do conhecimento, para Hegel, é preciso que a consciência humana esteja totalmente desenvolvida para desconstruir o verdadeiro mundo.
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IMATERIALISTA
Berkeley foi outro grande pensador do idealismo, o mesmo foca na espiritualidade, para ele, a matéria são concepções trocadas entre Deus como divindade e os humanos, o mesmo acreditava em apenas uma subjetividade humana e com ela uma realidade interpretada do que é com a interpretação daquilo.
IDEALISMO X MATERIALISMO
No sentido geral o idealismo se opõe ao materialismo, mas um pode receber algumas influencias do outro.
Em linhas gerais, o materialismo é uma corrente filosófica que defende que a realidade e a existência só pode ser conhecida através da matéria, ou seja, a existência só pode ser verdadeiramente entendida no âmbito material.
O materialismo foi um conceito constituído na teoria da evolução e é totalmente contrario as correntes do idealismo e criacionismo, apesar, que o idealismo e o materialismo partem da valorização da ética como principal instrumento para o conhecimento.
REALISMO X MATERIALISMO
O idealismo pode ser considerado um tipo de realismo se for entendido no mundo das ideias de Platão, a qual compreende o mundo em dualidade, mundo inteligível e sensível, a qual o mundo sensível é apenas uma cópia da verdadeira realidade.
Mas ambos podem ser separados no âmbito histórico a qual diferem na concepção do conhecimento.
O realismo atribui ao sujeito à ênfase do conhecimento, ou seja, no sujeito que está à capacidade de conhecer, o realismo vê no objeto o conhecimento como representação daquilo que conhecemos no dia a dia, a corrente entende que o mundo externo existe independentemente do sujeito.
O realismo considera que tudo que nos conhecemos são as próprias ideias sobre o mundo.
Entenda as principais diferenças na tabela a seguir:
REALISMO | IDEALISMO |
Prioriza o objeto | Prioriza o sujeito |
Já pressupõe a existência do mundo | Há questionamentos sobre a existência do mundo |
O objeto de conhecimento imediato são as coisas | O objeto imediato de conhecimento é representado pelas ideias ou representações |
Atitude receptiva do sujeito | Construção do sujeito |
O real é visto como inteligível em si mesmo, as coisas são vistas tais como elas são | Já no idealismo o inteligível do real depende do sujeito |
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