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Sofisma

Sofisma

Sofisma

A palavra sofisma é um substantivo masculino e teve o seu surgimento na Grécia antiga, Sofia, significa sabedoria. Sofisma nada mais é que a arte de enganação, ou seja, argumento ou raciocínio que são produzidos para levar falsas verdades e até mesmo a ilusão completa.

Você deve estar se perguntando, mas por qual motivo leva a falsas verdades?

As “verdades concebidas” pelo sofisma são construídas através de regras lógicas e claras, lógicas essas baseadas na realidade, mas na verdade é deliberadamente falsa, enganosa, ou seja, produz incorreções lógicas. É a arte de enganar com uma falsa verdade.

E quem levava essas incorreções lógicas?  Os sofistas, isso mesmo, sofistas, Vamos conhecê-los?

Afinal, quem foram os chamados Sofistas?

Os primeiros seguidores do sofisma foram chamados de “sofistas”, nome esse bastante sugestivo a palavra, os sofistas eram pessoas que aparentemente levavam o conhecimento, conhecimento esse ligado a arte de falar bem e também conhecida como “ retórica”, os gregos  que seguiam os sofistas em sua grande maioria estavam presentes ou querendo seguir na vida política e por esse fato pagavam um alto preço.

Os sofistas em seu sentido mais claro era um grupo de filósofos da época de Sócrates, mas segundo alguns registros, surgiram um pouquinho antes do filósofo, mais precisadamente no século V a.C, como mesmo mencionado, sofista na origem grega significa “sábio”, e era isso que eles se propunham a fazer, levar a sabedoria através dos seus conhecimentos, eram especialistas na arte da retórica usada principalmente no discurso.

A lógica sofista era apenas aparente e não real, lógica essa que posteriormente foi bastante criticada por Sócrates e Aristóteles.

Pelo fato dessas criticas, é muito comum observar, que nos tempos atuais, os estudantes ou até mesmo aqueles que pesquisam por curiosidade sobre o assunto, olharem os sofistas como enganadores, maldosos, e até mau caráter, mas eles foram muito importantes na história em 2 momentos:

E não para por ai, na Grécia antiga existiam 4 tipos de sofistas diferentes , sofistas esses que até podem ser comparados com alguns “ sofistas” dos dias atuais.

Exemplos de Sofismo

Nos dias atuais, a palavra sofismo dentro do raciocínio lógico é entendida como argumentos, argumentos esses que trazem uma idéia, valores corretos, mas tem a intenção natural de induzir o erro.

Vejamos um exemplo claro:

Vamos imaginar um individuo que possue certa crença e a mesma acaba ficando doente por algum motivo, essa mesma pessoa costumava e ainda costuma comer pão todas as manhas.

Já o individuo numero 2 também possue a sua crença e deu a mesma  doença que o individuo um, e como o mesmo, alimenta-se de pão toda manhã.

Uma terceira pessoa, analisando toda situação, equivocamente conclui que a doença causada por ambos é por conta do “pão”.

Esse contexto por ser visto como sofismo, ou seja, verdades não existentes, mas com uma estrutura e argumentação bem salientadas e construídas, cenário esse que induz ao engano, ao erro.

Outro exemplo: O amor é cego, Deus é amor, portanto, Deus é cego.

Exemplo esse que também mostra uma construção de argumentos fortes, mas que pode levar ao erro, ou seja, o argumento só será realmente válido quanto todas as premissas obtiverem um valor totalmente lógico.

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Sofisma e Religião

O sofisma dentro da religião é considerado uma arma contra os conhecimentos divinos, ou seja, os chamados dogmas, para a religião, o sofisma é tudo aquilo que levanta contra os conhecimentos deixados por Deus.

Para a doutrina a sociedade a qual estamos vivendo acreditam em verdades não concebíveis, verdades essas que parecem corretas e até mesmo um caminho a ser seguido, mas para os religiosos o sofisma é uma espécie de caminho que leva ao ser maldoso, que induz a pensamentos e comportamentos errados.

Segundo a bíblia, sofisma nada mais é:

“Argumento ardiloso, aparentemente correto, que pretende induzir o erro, enganar ou silenciar o oponente; paralogismo. Todo discurso tendencioso cuja intenção reside na idéia do erro, proposto ardilosamente por quem o exprime. Ação realizada com a intenção de ludibriar, enganar; mentira.”

O mesmo critica certas frases que são utilizadas e até mesmo vistas como normais como: “A voz do povo é a voz de Deus”, sendo, que segundo a bíblia, foi o povo que levou Jesus a crucificação”

Podemos notar que toda a idéia do pensamento religioso contra o sofisma é bastante profunda e clara, ideias essas que levam a questionamentos e até mesmo reflexões.

Sofisma x Falácia

O Sofisma pode ser considerado uma espécie de falácia, ou seja, um argumento que não tem validade, lógica conclusiva, e pode até mesmo levar uma enganação e uma crença totalmente falsa. Dentro do pensamento lógico, a falácia é visto como um erro de argumentação e raciocínio, mas que consequentemente parece ser real, correto, igualmente o sofisma.

Existem dois tipos de falácias, as falácias formais, e as falácias não formais, as falácias formais, são falácias que no seu contexto o erro de argumentação pode ser facilmente encontrado, isso acontece pela forma que as preposições são coladas e as premissas de um silogismo.

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Já as falácias não formais, diferentemente da formal, os erros são vistos pelo conteúdo, e não pelas formas.

Sofisma e Silogismo

O silogismo é um tipo de pensamento filosófico trazido por Aristóteles, o mesmo possue uma grande relação com o sofismo.

Vamos entender o motivo?

O silogismo nada mais é que duas premissas juntas, essas premissas são responsáveis por ser chegar a uma conclusão, conclusão essa baseada na dedução:

Exemplo clássico: Premissa 1 ( todo ser humano é mortal) Premissa 2 (João é um ser Humano) Premissa 3 ( Logo, João é mortal)

Ou seja, diante de premissas lógicas, o silogismo igualmente ao sofismo, pode levar a conclusões questionáveis e até mesmo equivocadas, sendo também vista como um silogismo sofistica.

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Paralogismo?

O paralogismo pode ser muito comparado ao sofismo, pois a mesma trata-se de um erro lógico involuntário.

Mas calma, o paralogismo não induz a enganação como o sofismo, mas ambas são iguais, pois podem induzir ao erro, a enganação, e diante disso, podemos concluir que a falácia citada logo acima, pode ser considerada um tipo de paralogismo.

O paralogismo é realizado de forma não intencional, ou seja, o individuo que está repassando a idéia não reconhece a fundo o conhecimento passado, levando o ouvinte ao erro, e consequentemente o argumento inválido.

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