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O que é Estética na Filosofia?

O que é Estética na Filosofia

O que é Estética na Filosofia

O que é Estética na Filosofia? A palavra estética tem a sua origem do grego “Aisthésis” a mesma significa conhecimento sensorial ou sensibilidade, foi adotada pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten (1741-1762), o mesmo usou o termo para nomear o estudo das obras de artes, artes essas feitas sob criação da sensibilidade tendo como finalidade o belo, mas foi apenas no ano de 1750 que o filósofo utilizou o termo “ estética” como sendo uma área de conhecimento, conhecimento esse obtido através dos sentidos.

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Alexander buscou compreender e trazer a arte como modo de reprodução da beleza, ou seja, a arte além da beleza pré concebida, e sim relacionar a mesma com outros fenômenos, como os sentimentos, as emoções, bases essas que possibilitam a real identificação do que é belo e o seu real valor.

O filósofo citava que para se atribuir-se um valor a arte era preciso mais que um bom gosto, e sim a compreensão necessária do que está se vendo e admirando.

ESTÉTICA X FILOSOFIA

A estética dentro da filosofia é área que estuda de maneira racional o belo, é aquilo que de certa forma desperta a emoção estética por meio do observar, da contemplação de algo e consequentemente o sentimento que desperta no ser humano. A palavra estética é uma conotação muito nova dentro da filosofia, mas ela já era tratada com outro nome na época da antiguidade, sim, mais precisadamente entre os gregos, eles usavam o termo “poética”, que significa criação, fabricação, o termo era aplicado à poesia e outras áreas da arte, mas com o passar do tempo, a palavra ficou mais abrangente e começou abranger toda reflexão filosófica, tendo como objeto principal as artes em geral ou até mesmo as especificas.

A estética engloba tanto os estudos dos objetos artísticos e os efeitos que o mesmo provoca em que esta admirando e concebendo os valores artísticos.

Diante da ideia fenomenológica no modo contemporâneo não existe um único valor estético, ou seja, cada objeto, cada arte estabeleceu sua própria essência, sua própria essência através do tipo de valor que é julgado pelo individuo, os objetos artísticos são belos, pois são autênticos, segundo seu modo de ser singular.

O ser humano está sempre em busca daquilo que é belo diante dos seus olhos, mas a arte foi questionada diante da sua real legitimidade, ou seja, questionamentos do tipo: Qual o motivo de haver arte? Serve para alguma coisa? Afinal, o que é arte? Questionamento esse que levou para o campo de outros questionamentos, a arte é aquilo que é representado de belo e perfeito na natureza? A arte é aquilo que está no museu? Uma pintura?

A arte pode ser entendida de 3 maneiras: A arte do fazer, conhecer, entender, exprimir.

Arte do Fazer: A mesma veio lá da antiguidade, por exemplo, uma colher que era usada para alimentação, tinha toda uma técnica para fazê-la, e ao passar dos anos, foi colocada em um museu, ou não, a arte do fazer pode estar ligada há diversas coisas que são criadas para algum uso benéfico.

Arte de Conhecer: No período medieval a igreja utilizava figuras de alegorias para ilustrar as passagens bíblicas, ou seja, a arte tinha que levar o conhecimento de algo.

Arte do Exprimir: Do romantismo, arte como expressão, sentimentos, período esse do romantismo.

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ESTÉTICA NA FILOSOFIA DE PLATÃO E ARISTÓTELES 

A estética passou por diversos momentos na história, e a mesma não passou despercebida pelo olhar de Platão e Aristóteles, veja como ambos a olhavam e entendiam:

Platão: Na teoria das ideias de Platão (427-347) o filósofo entende o mundo de duas formas, o mundo inteligível, que o mesmo definia como o mundo das ideias, da verdade, e o mundo sensível, o qual definia como mundo real, e para ele esse mundo não representava de fato o belo.  Para o filósofo a arte representava a sedução e encantamento, e para ele isso não era algo bom, pois a mesma ativa os sentidos e afastava o individuo da verdade, ou seja, do mundo das ideias, para ele o corpo era um grande obstáculo para o conhecimento da verdade.

O filósofo cita em sua teoria que as sensações trazem as primeiras impressões do objeto, o imediato, mas não há profundidade.

Para Platão, todos os objetos que existem no mundo, são copias matérias que pare ele são imperfeitas, por exemplo: Vamos imaginar uma árvore material, para Platão a árvore é uma cópia imperfeita no mundo sensível através de uma pintura, todo mundo material é uma cópia do chamado mundo das ideias, o mundo é copia imperfeita chamada pelo filósofo de dessemelhante, é uma cópia que não condiz com o original.

Platão em muitos dos seus diálogos platônicos tem como discussão central o belo, principalmente em suas obras Íon, Banquete e Fedro, nessas obras Platão discutia sua preocupação com a beleza e como a mesma tomava um espaço tão grande nas coisas do mundo.

Para Platão a sociedade se desenvolveria melhor sem as artes, pois a mesma os afastava da verdade, com isso, Platão atacou a arte, a poesia e o teatro grego. Para o filósofo o tipo de atividade não gerava conhecimento e muito menos utilidade, apenas confusão entre os deuses e principalmente o objetivo central das ações humanas.

A arte então imita esse mundo material, é imitações das realidades de cada ser, realidade essa sensível, obtida pelas sensações. Para Platão a arte nada mais é que a cópia da cópia, ou seja, primeira cópia é o mundo material cópia essa imperfeita, a arte é a cópia dessa cópia imperfeita, que segundo ele, provoca o erro, a dessemelhança.

Já para Aristóteles em sua teoria de conhecimento discorda das ideias platônicas, para Aristóteles o dualismo platônico é um engano, a realidade material tem valor, e para ele obtemos todo o conhecimento através da apreensão dos sentidos, tato, visão, paladar, olfato, e a partir disso colhemos o conhecimento racional.

Para Aristóteles quando copiamos algo, imitamos alguma coisa, é a aproximação daquilo que é a própria essência, apropriação do conhecimento, temos como exemplo um quadro de uma árvore, quem a pintou esta se apropriando desse ser e a representando da forma que o mesmo a percebe.

Para Aristóteles a arte é uma espécie de catarse, a liberação de algo que está aprisionado os sentimentos humanos que seriam liberados através das artes.  As artes são essenciais para o bem estar humano.

O SENTIDO DA BELEZA E DA ARTE ENTRE OS GREGOS

Na antiguidade clássica a filosofia grega buscou interpretar o motivo pela qual as atividades humanas possuíam um grande valor estético, ou seja, a beleza. Para os gregos a beleza estava muito ligada com a transformação e produção da natureza.

No período do Renascimento, os filósofos começaram a entender a beleza como harmonia e proporção, as esculturas artísticas passavam uma representatividade fiel da realidade.

Os gregos representavam em esculturas as chamada formas “perfeitas”, essas formas perfeitas era um tipo de imitação do ser humano, do belo e a valorização da vaidade, força física, virilidade.

As esculturas reproduziam a unidade entre corpo e espírito, entre o homem e os cosmos, razão pela qual as formas são consideradas perfeitas.

ESTÉTICAS NOS DIAS ATUAIS….

A estética nos dias atuais foi reconhecida pelo seu grande valor e devido a isso deu-se  um grande salto e estabeleceu  como uma área de conhecimento, além disso,  a estética é compreendida como o estudo das formas de arte, o processo de criação das obras intrinsecamente ligada com as relações sociais e  políticas.

Nos dias atuais as teorias estéticas são reconhecidas e produzidas por artistas que buscam unificar a prática e a teoria como produção de conhecimento, ideia essa trazida por Ariano Suassuna (1927-2014) o mesmo retrata o valor da arte popular e a relação da mesma como dominação cultural.

Conteúdo original, não se esqueça de referenciar: Disponível em: <‎‎https://resumos.soescola.com/filosofia/o-que-e-estetica-na-filosofia/>

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