Fenomenologia de Edmund Husserl

Edmund Husserl (1859-1938) foi um filósofo matemático alemão do século 19 que ficou conhecido por ser criador da fenomelogia, ramo esse contemporâneo da filosofia que tenta explicar os problemas filosóficos como questões que estão na base do entendimento do ser humano sobre o mundo.

Biografia

Husserl, como mesmo mencionado, nasceu no dia 8 de abril de 1859, e é considerado um grande percussor da filosofia moderna, diante de todos os seus estudos como matemático, físico, astrólogo, e por fim, filósofo, a qual teve sua maior dedicação, a Fenomenologia surgiu a partir do momento que Husserl começou a anotar todo o movimento do seu pensamento a qual produziu uma página de 40 mil escritos ao longo de toda sua vida, através de um método chamado taquigrafia gabelberger, método esse que focava na rapidez, fluência e na maior facilidade das leituras.

A sua grande formação filosófica aconteceu no verão de 1883, Husserl estudou com o filósofo e psicólogo Franz Brentano, um grande renovador do pensamento aristotélico, em 1886 converteu-se ao protestantismo luterano, e no ano seguinte casou-se com Malvine Steinschneider.

O filósofo no ano de 1887 passou em um concurso para lecionar como professor na universidade de Halle, e foi nomeado como professor titular no ano de 1916, na universidade de Freiburg, Alemanha, universidade essa que permaneceu até sua aposentadoria.

Husserl faleceu no ano de 1938, na Alemanha. As maiores obras do filósofo foram às meditações cartesianas, as crises das ciências européias e a fenomelogia transcendental, e a crise da humanidade européia,

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PENSAMENTO FENOMELOGICO

Fenomenologia vem do grego e significa aquilo que se mostra ou apresenta, logica significa reflexão, explicação e estudo, juntando, fenomenologia é um conjunto de fenômenos que se manifesta através do tempo e do espaço, método esse que estuda a ciência das coisas e de como essas coisas são percebidas no mundo, é conhecida historicamente como um movimento filosófico, constituindo assim uma das principais correntes de pensamento no século 20.

Na linguagem comum fenômeno é identificado como algo surpreendente, fantástico, sem igual, fenômeno também pode ser definido como aparição, aquilo que é visto, escutado, seja uma pessoa, um objeto, um espaço, um cheiro, ou seja, através dos sentidos.

O filósofo estava tentando tornar o estudo filosófico em algo que fosse mais concreto, rígido, uma ciência que fosse mais rigorosa, para isso acontecer, Husserl precisou colher alguns elementos que mostrasse que o estudo filosófico deveria pautar em elementos mais exatos, e não apenas subjetivos.

Husserl entendia o mundo como um fenômeno que precisa ser desvelado, revelado, ex: cavar um buraco bem fundo e achar uma caixa de fósforos, ou seja, foi preciso desvelar para ser encontrado.

Ou seja, para o pensador, o mundo é um fenômeno a ser revelado, o mesmo também ressalta a idéia de consciência, a consciência é plástica, ou seja, ela envolve o individuo, a consciência envolve a situação, quando a pessoa toma consciência de algo ou de alguma coisa, a mesma é adaptada ao momento e vivencia esses momentos ao redor a partir da consciência.

Husserl respalda que o conhecimento é sempre um ato intencional, quando um individuo olha algo ou alguma coisa, direcionar a consciência para conhecer algo,ou seja,  o fenômeno, como uma caneta, um lápis, um objeto a ser desvelado.

O filosofo também ressalta a consciência como uma temporalidade, quando uma pessoa conta algo ou algum fato para uma pessoa que vivenciou outras épocas, a mesma fica assustada com os acontecimentos e até mesmo não a vê com muita lógica nos fatos, pois a consciência da pessoa mais velha é outra temporalidade, ou seja, cada tempo tem um tipo de consciência, a consciência não está parada no tempo, é mutável, é plástica, vai mudando ao longo dos anos.

Husserl não queria entender a subjetividade de cada individuo, ou seja, a particularidade advinda de cada um, mas sim sair do que é individual e entender aquilo que todo ser humano consegue captar de cada fenômeno do mundo, de cada objeto, coisas que se mostram no mundo.

Claro, para apreender toda essa concepção é uma atividade complicada e ao mesmo tempo complexa, pois para chegar nesse fenômeno, era preciso superar as barreiras da subjetividade, ou seja, do subjetivismo da psicologia, da mente de cada um, pois como sabemos, somos diferentes, e a partir disso, vemos o mundo de maneiras e formas diferentes.

Com esse retrato e para efetivar seu pensamento, Husserl propôs um modo de se fazer filosofia que não fosse abstrato, ou seja, aquilo que só existe em uma ideia, em um conceito, e com isso o filosófico trás a noção de epocké, que no grego significa suspensão, emersão, e trabalhar como uma filosofia que está centrada no individuo, no modo como o mesmo vê o mundo, centrada no epocké, nessa suspensão, a qual o individuo parece estar sendo suspenso para ele ter uma visão melhor do que é  mundo e aquilo que ele está querendo interpretar, conhecer, entender.

A emersão entra através do entendimento que fenomenologia para entender os fenômenos do mundo é preciso realizar uma emersão no mundo, emersão essa trabalhada por outros filósofos como a emersão dos sentidos.

Além de epocké, Husserl trás a perspectiva da intencionalidade que nada mais a identificação no próprio ser humano em seu modo de agir da consciência, por meio da intencionalidade, movimento que a consciência faz em relação aos objetos.

Ex: Vamos imaginar um individuo e um objeto qualquer, o mesmo pensa sobre algo diante desse mesmo objeto, chamado de intencionalidade, ou seja, a consciência faz o movimento em direção a algo, o individuo fala e imagina sobre , identifica algo, é o agir da consciência. É esse tentar entender o mundo que os indivíduos consegue abstrair os fenômenos em sua mente.

Concluindo, pensar de forma critica os objetos da nossa mente é dada a origem a fenomelogia

FENOMELOGIA E OUTROS FILÓSOFOS

  •  Platão (427-348) os fenômenos são falhos, exatamente, Platão era contrario ao pensamento do Filosofo Husserl, em sua “teoria das ideias”, afirmava que a aparência das coisas são falsas, e o verdadeiro conhecimento deveria ser buscado através da razão.
  •  Aristóteles (384-322) segue a mesma linha de pensamento de Platão, ou seja, ele mantém a razão acima dos sentidos, mas para, além disso, deu um espaço para os sentidos em consonância com a construção de conhecimentos, ou seja, mesmo que os sentidos possa a vir ser falhos, o mesmo é o primeiro contato das pessoas com o mundo, e esse fato não pode ser simplesmente deixado de lado.
  • Descartes (1596-1650) é considerado representante do racionalismo, ou seja, é obvio que o pensamento do filósofo segue a mesma linha, Descartes sinaliza que somente a razão pode dar fundamentos válidos para o conhecimento das coisas.
  • Hume (1711-1776) foge um pouco desse segmento trazido pelos outros filósofos, acentua que em meio às totais incertezas, ou seja, dúvidas, o conhecimento deve ser baseado na experiência gerada pelos sentidos.
  • Kant (1724-1804) unificou-se as duas doutrinas, buscando afirmar a importância do entendimento, mas colocando os limites da razão. Para Kant não se compreende a “coisa em si”, mas sim o entendimento dos fenômenos e os chamados esquemas mentais que interpretam o mundo.

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