Jean Bodin
Jean Bodin foi um filósofo, teólogo, jurista e Francês do século XVI, inicio da idade moderna. As ideias de Jean foram extremamente importantes para a definição do conceito de monarquia absolutista, e para, além disso, trouxe o estudo de outras formas de governo.
Filósofo, teórico político e jurista Francês, esse, foi Jean Bodini, suas ideias foram consideradas além do seu tempo e até mesmo revolucionárias para a época. Vamos conhecê-lo um pouquinho mais?
BREVE BIOGRAFIA
Jean Bodin nasceu no ano de 1530, na cidade de Angers, França, e veio a falecer em Laon, França. No contexto familiar foi filho de um alfaiate, dedicou-se aos estudos baseados na ordem das carmelitas, a qual fez parte do segmento por um período, por um momento, Jean pensou que era aquele caminhou que deveria seguir, tanto que concedeu seus votos monásticos, mas algo o atormentava, suas teorias iam totalmente de encontro à religião, e por esse fato decidiu não dar mais segmento na ordem das carmelitas, e com as suas teorias, foi acusado de Heresia.
Na década de 50, decidiu seguir seus estudos na universidade de Toulouse no curso de direito, a qual conquistou sua formação e posteriormente ministrou aulas no campo jurista. E não foi apenas na faculdade que o filósofo dedicou-se a trabalhar no direito, o mesmo exerceu sua profissão na capital de Paris, e até mesmo atuou como advogado do Rei.
Com o passar do tempo e cansando da vida de advogado, Jean se interessou por outros campos de conhecimento, como a filosofia, religião e economia. Suas principais teorias acerca do seu conhecimento contribuíram e muito para o avanço do absolutismo e soberania dos estados, as suas principais ideias teve grande influencia de São tomas de Aquino.
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Principais Pensamentos
Jean Bodin defendia a idéia de soberania, ou seja, um poder soberano, o filósofo acreditava que uma soberania exercida seja pela maioria ou minoria, ou apenas por uma pessoa, tinha que ser exercida em qualquer hipótese. Para ele, se não existisse o segmento político, simplesmente a sociedade se transformaria em anarquia, a ausência do poder e de leis.
E para ele, a anarquia é a melhor forma para a construção de uma desordem social.
A “República”, uma das suas principais obras, dividida em seis grandes volumes, abordou temas sobre a formação do estado, os tipos de governo, e principalmente, de justiça.
Jean colocou três elementos principais que contribuiria para uma sociedade mais organizada e que consequentemente possuiria a soberania em sua plenitude, independente de qual grupo esteja sendo exercido: A justiça, a Família, Bens públicos.
No tecer Justiça, o filósofo coloca que é o principal elemento para se colocar ordem na sociedade, ou seja, para manter uma sociedade organizada é preciso de alguém que a organize, uma ordem que irá trilhar as regras a serem seguidas, e se não fossem seguidas, teria uma conseqüência.
Já a família para o filósofo é o fator principal para a construção de uma boa soberania, o mesmo era um grande defensor dos valores cristãos, para ele, a família em épocas anteriores e dentro dos seus moldes familiares propiciaram e ajudaram na formação da sociedade, ou seja, preservá-las é fundamental para a manutenção da sociedade e um modelo a ser seguido através da sua hierarquização.
Por fim, os bens públicos para o filósofo é necessário nessa sociedade para que as famílias se organizem, como prédios, praças e demais estabelecimentos.
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AS TRÊS FORMAS DE GOVERNO
Bodin trazia em suas principais obras as três formas de governo: Democracia, Aristocracia E Monarquia.
A democracia é uma forma de governo a qual o poder é exercido, ou seja, a soberania é exercida pela maioria.
Diferentemente da democracia, a aristocracia é a minoria exercendo o poder sobre a sociedade, ou seja, governa a maioria.
E por fim, a Monarquia, quando há apenas uma pessoa soberana, o Príncipe.
Com esse conjunto de governo, o filósofo dizia que não era possível misturá-los, pois se isso acontecesse em um determinado período da história, o poder se fragmentaria e consequentemente se destruiria.
Apesar de defender em suas obras os três tipos de governo, Bodin entendia que a monarquia deferia ser o principal a ser seguido, ele acreditava que era uma forma de governo eficiente, ou seja, uma sociedade que tem uma lei para todos, seria uma sociedade mais organizada, uma sociedade em ordem, monarquia essa absolutista.
Mas, o mesmo salientou que o governo baseado na monarquia não deveria se embasar na tirania, pois o governo democrático é um governo que atende a todos, e ao contrário disso, não seria um segmento absolutista.
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DIREITO DIVINO
Apesar de defender uma monarquia absolutista, Bodin acreditava na chamada “Teoria do direito Divino”, ou seja, para ele, o monarco, o príncipe, era o principal representante do ser divino na sociedade, pois o mesmo o colocou nesse direito de governar, acima do papa, mas, ele pontua que há o limite, não dá o direito do príncipe de agir acima das leis naturais divinas.
Mas você deve estar se perguntando, como o monarca teria conhecimento dessas leis divinas? No século V. d.C, foi criada a chamada Lei Sálica, por Rei Clovis, lei essa que foi disseminada por Carlos Magno, no século VIII, a lei salientava os aspectos a serem seguidos para uma vida em sociedade, leis essas imutáveis, a qual limitava o poder do rei, mesmo com o direito divino.
Assim, como o monarca, não tinha direito de desprezar as pessoas livres, o mesmo tinha que compreender que as pessoas tinham vontades próprias, e por esse fato, não podia utiliza-se do uso da escravidão, segundo o filósofo, a escravidão não é algo natural ao ser humano, foi o principal crítico da escravidão.
E por fim, levantava a idéia que o rei não tinha direito de usufruir da propriedade privada das pessoas livres, pois para ele, a propriedade privada era sagrada.
PRINCIPAIS OBRAS DE JEAN BODIN
- Os seis livros da Republica
- Da Republica
- Método para a fácil compreensão da História
- Resposta para o paradoxo do senhor Malestroict
- Panorama Universal da Natureza
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