Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é um difusão da tireoide, ou seja, é a condição a qual a glândula da tireoide vai perdendo a capacidade de produzir quantidades suficientes do próprio hormônio da tireoide, causando assim o hipotireoidismo.

A grande falta desse hormônio, pode afetar partes importantes do corpo, como a frequência cardíaca, o metabolismo, e até mesmo a temperatura corporal. A doença é muito comum, visto que cerca de 2 milhões de pessoas são diagnosticadas todo o ano no Brasil.

Em alguns casos, ou a maioria deles, a doença infelizmente é crônica, ou seja, pode durar por anos ou até mesmo a vida toda, portanto, se faz necessário um acompanhamento médico apropriado.

O QUE É TIREOIDE?

A glândula da tireoide possui um formato de uma borboleta e se localiza na parte anterior do pescoço, e pode chegar a pesar cerca de 10 a 20 g.

A função da tireoide é controlada pela hipófise, uma glândula localizada no cérebro, a mesma produz um hormônio chamado de TSH, esse hormônio induz a tireoide a captar o iodo dos alimentos e os ligar a uma proteína formando os hormônios T3 e T4.

Assim, alterações no funcionamento da tireoide desregula a produção desses hormônios, causando o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo, notamos a diferença no sufixo das palavras, “hipo” acontece na escassez e falta de hormônios, e “hiper” indica o excesso.

LOCALIZAÇÃO DA TIREOIDE
Fonte: https://www.acessa.com/saude/arquivo/fisioterapia/2016/01/19-pouco-sobre-hormonios-tireoide

AFINAL, O QUE É HIPOTIREOIDISMO?

O hipotireoidismo ocorre quando há a produção insuficiente dos hormônios de T3 e T4, ou seja, bem abaixo do desejado, isso faz com que as células do corpo funcionem de forma mais lenta.

Essa condição é mais comum em mulheres, idosos e pessoas com histórico familiar da doença, e gestantes.

A principal causa do hipotireoidismo é a condição chamada de “tireoidite de Hashimoto”, uma doença autoimune também conhecida como tireoidite crônica, que leva o corpo a produzir anticorpos que destroem a própria glândula da tireoide.

Como mesmo dito, esse tipo de doença, chega a ser oito vezes mais comum em mulheres, e principalmente há uma forte ligação ao histórico familiar do paciente, e geralmente a evolução da difusão é bem lenta.

PRINCIPAIS CAUSAS

As principais causas do hipotireoidismo podem ser classificadas da seguinte maneira:

  • Deficiência de Iodo na Dieta;
  • Tumores na glândula hipófise;
  • Alguns acidentes que afetam principalmente as áreas do cérebro que cuidam da produção hormonal;
  • Tratamentos com radioterapia;
  • Hemorragia pós-parto graves;
  • E drogas com substâncias Amiodarona e Lítio.

Veja também: Gastroenterologia.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Os sintomas do hipotireoidismo são variados e podem acontecer de forma gradual e lenta:

  • Em alguns casos pode ocorrer o aumento de peso não tão significativo;
  • Sonolência ou raciocínio lento;
  • Taxas de Colesterol elevadas;
  • Alguns casos de inchaço;
  • Hipertensão;
  • Perda da libido e disfunção erétil;
  • Infertilidade e aborto espontâneos frequentes;
  • Desregulação do período menstrual;
  • Prisão de Ventre;
  • Dores nas articulações do corpo;
  • Unhas fracas e até mesmo quebradiças;
  • Queda de Cabelo;
  • Pele seca e fria;
  • E o aumento do volume da glândula, chamado de bócio.

Em crianças a doença pode afetar principalmente o desenvolvimento, como o baixo crescimento e até mesmo o retardo mental.

O teste do pezinho diagnostica o hipotireoidismo nos recém nascidos, visto que é muito comum, entre 1 a cada 4000 são diagnosticados, no período gestacional pode ocasionar partos prematuros e até mesmo abortos.

Alguns estudos associam o hipotireoidismo com problemas cardíacos, depressão e infertilidade.

GRUPOS DE RISCOS

Alguns fatores são considerados de riscos para desenvolver o hipotireoidismo:

  • Geralmente mulheres apresentam o maior número de casos;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Portador de doença autoimune;
  • Histórico familiar da doença;
  • Já ter realizado alguma cirurgia da tireoide;
  • Ter passado ou passar por sessões de radioterapia;
  • Uso de alguns medicamentos que podem afetar de maneira significativa a tireoide.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico inicial é feito por meio da dosagem no sangue do hormônio T4, TSH e de corpos antitireoidianos, se houver algum problema, geralmente o T4 apresenta valores baixos e o TSH elevado.

A ultrassonografia pode mostrar o volume da glândula da tireoide e detectar a vascularização aumentada, típico do hipotireoidismo.

O tratamento é feito através do uso de hormônio diário de levotiroxina, ou seja, a reposição adequada da tireoide, o hormônio deve ser tomado todos os dias, em jejum, e principalmente no horário certo, importante sempre esperar entre 20 a 30 minutos antes de tomar o café da manhã.

A dose de hormônio é bem pequena, tanto que os comprimidos são em microgramas, pode variar entre 25 a 200. Diferentemente de outros medicamentos que são em miligramas.

É de suma importância não manipular esse medicamento, pois devido a sua baixa dose, pode haver erros de manipulação na dosagem e biodisponibilidade.

Há alguns casos que a cirurgia da tireoide não é indicada, pois pode prejudicar a produção de hormônios na glândula, então, a melhor alternativa a ser seguida, é a reposição hormonal por toda vida.

Nesse sentido, quem seguir todo tratamento de forma correta, pode levar uma vida normal, feliz e saudável, sem preocupações com maiores complicações.

VALORES DE TSH E T4:

Os valores normais de TSH e T4 são:

  • Valores normais de TSH: 0,4 TO 4,5 um/L.
  • Valores normais de T4 livre: 0.7-1.8 ng/dl

As taxas elevadas variam entre 5,0 e 10,0 um/L, surgindo assim um quadro de hipotireoidismo subclínico.

COMPLICAÇÕES:

Mas, atenção!! Se o hipotireoidismo não for devidamente tratado, pode ocasionar redução significativa da atividades físicas e mentais da pessoa adulta, uma vez que sem o uso do medicamento pode alterar os níveis de colesterol e proporcionar problemas cardíacos grave:

  • Desenvolvimento da depressão, que está muito associada ao hipotireoidismo;
  • Batimentos cardíacos mais lentos;
  • Menstruação desregular;
  • Falhas frequentes na memória;

Dentre outras complicações sérias.

ATENÇÃO!

Atenção, não confunda hipotireoidismo com hipertireoidismo, ambas são disfunções opostas! Como mesmo visto no começo do artigo.