O hipotireoidismo é um difusão da tireoide, ou seja, é a condição a qual a glândula da tireoide vai perdendo a capacidade de produzir quantidades suficientes do próprio hormônio da tireoide, causando assim o hipotireoidismo.
A grande falta desse hormônio, pode afetar partes importantes do corpo, como a frequência cardíaca, o metabolismo, e até mesmo a temperatura corporal. A doença é muito comum, visto que cerca de 2 milhões de pessoas são diagnosticadas todo o ano no Brasil.
Em alguns casos, ou a maioria deles, a doença infelizmente é crônica, ou seja, pode durar por anos ou até mesmo a vida toda, portanto, se faz necessário um acompanhamento médico apropriado.
O QUE É TIREOIDE?
A glândula da tireoide possui um formato de uma borboleta e se localiza na parte anterior do pescoço, e pode chegar a pesar cerca de 10 a 20 g.
A função da tireoide é controlada pela hipófise, uma glândula localizada no cérebro, a mesma produz um hormônio chamado de TSH, esse hormônio induz a tireoide a captar o iodo dos alimentos e os ligar a uma proteína formando os hormônios T3 e T4.
Assim, alterações no funcionamento da tireoide desregula a produção desses hormônios, causando o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo, notamos a diferença no sufixo das palavras, “hipo” acontece na escassez e falta de hormônios, e “hiper” indica o excesso.
AFINAL, O QUE É HIPOTIREOIDISMO?
O hipotireoidismo ocorre quando há a produção insuficiente dos hormônios de T3 e T4, ou seja, bem abaixo do desejado, isso faz com que as células do corpo funcionem de forma mais lenta.
Essa condição é mais comum em mulheres, idosos e pessoas com histórico familiar da doença, e gestantes.
A principal causa do hipotireoidismo é a condição chamada de “tireoidite de Hashimoto”, uma doença autoimune também conhecida como tireoidite crônica, que leva o corpo a produzir anticorpos que destroem a própria glândula da tireoide.
Como mesmo dito, esse tipo de doença, chega a ser oito vezes mais comum em mulheres, e principalmente há uma forte ligação ao histórico familiar do paciente, e geralmente a evolução da difusão é bem lenta.
PRINCIPAIS CAUSAS
As principais causas do hipotireoidismo podem ser classificadas da seguinte maneira:
- Deficiência de Iodo na Dieta;
- Tumores na glândula hipófise;
- Alguns acidentes que afetam principalmente as áreas do cérebro que cuidam da produção hormonal;
- Tratamentos com radioterapia;
- Hemorragia pós-parto graves;
- E drogas com substâncias Amiodarona e Lítio.
Veja também: Gastroenterologia.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Os sintomas do hipotireoidismo são variados e podem acontecer de forma gradual e lenta:
- Em alguns casos pode ocorrer o aumento de peso não tão significativo;
- Sonolência ou raciocínio lento;
- Taxas de Colesterol elevadas;
- Alguns casos de inchaço;
- Hipertensão;
- Perda da libido e disfunção erétil;
- Infertilidade e aborto espontâneos frequentes;
- Desregulação do período menstrual;
- Prisão de Ventre;
- Dores nas articulações do corpo;
- Unhas fracas e até mesmo quebradiças;
- Queda de Cabelo;
- Pele seca e fria;
- E o aumento do volume da glândula, chamado de bócio.
Em crianças a doença pode afetar principalmente o desenvolvimento, como o baixo crescimento e até mesmo o retardo mental.
O teste do pezinho diagnostica o hipotireoidismo nos recém nascidos, visto que é muito comum, entre 1 a cada 4000 são diagnosticados, no período gestacional pode ocasionar partos prematuros e até mesmo abortos.
Alguns estudos associam o hipotireoidismo com problemas cardíacos, depressão e infertilidade.
GRUPOS DE RISCOS
Alguns fatores são considerados de riscos para desenvolver o hipotireoidismo:
- Geralmente mulheres apresentam o maior número de casos;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Portador de doença autoimune;
- Histórico familiar da doença;
- Já ter realizado alguma cirurgia da tireoide;
- Ter passado ou passar por sessões de radioterapia;
- Uso de alguns medicamentos que podem afetar de maneira significativa a tireoide.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico inicial é feito por meio da dosagem no sangue do hormônio T4, TSH e de corpos antitireoidianos, se houver algum problema, geralmente o T4 apresenta valores baixos e o TSH elevado.
A ultrassonografia pode mostrar o volume da glândula da tireoide e detectar a vascularização aumentada, típico do hipotireoidismo.
O tratamento é feito através do uso de hormônio diário de levotiroxina, ou seja, a reposição adequada da tireoide, o hormônio deve ser tomado todos os dias, em jejum, e principalmente no horário certo, importante sempre esperar entre 20 a 30 minutos antes de tomar o café da manhã.
A dose de hormônio é bem pequena, tanto que os comprimidos são em microgramas, pode variar entre 25 a 200. Diferentemente de outros medicamentos que são em miligramas.
É de suma importância não manipular esse medicamento, pois devido a sua baixa dose, pode haver erros de manipulação na dosagem e biodisponibilidade.
Há alguns casos que a cirurgia da tireoide não é indicada, pois pode prejudicar a produção de hormônios na glândula, então, a melhor alternativa a ser seguida, é a reposição hormonal por toda vida.
Nesse sentido, quem seguir todo tratamento de forma correta, pode levar uma vida normal, feliz e saudável, sem preocupações com maiores complicações.
VALORES DE TSH E T4:
Os valores normais de TSH e T4 são:
- Valores normais de TSH: 0,4 TO 4,5 um/L.
- Valores normais de T4 livre: 0.7-1.8 ng/dl
As taxas elevadas variam entre 5,0 e 10,0 um/L, surgindo assim um quadro de hipotireoidismo subclínico.
COMPLICAÇÕES:
Mas, atenção!! Se o hipotireoidismo não for devidamente tratado, pode ocasionar redução significativa da atividades físicas e mentais da pessoa adulta, uma vez que sem o uso do medicamento pode alterar os níveis de colesterol e proporcionar problemas cardíacos grave:
- Desenvolvimento da depressão, que está muito associada ao hipotireoidismo;
- Batimentos cardíacos mais lentos;
- Menstruação desregular;
- Falhas frequentes na memória;
Dentre outras complicações sérias.
ATENÇÃO!
Atenção, não confunda hipotireoidismo com hipertireoidismo, ambas são disfunções opostas! Como mesmo visto no começo do artigo.