Quem é: Sextus Empiricus na Filosofia

Quem é Sextus Empiricus na Filosofia?

Sextus Empiricus foi um filósofo grego que viveu durante o século II d.C. Ele é conhecido por ser um dos principais representantes do ceticismo pirrônico, uma corrente filosófica que questiona a possibilidade de se alcançar o conhecimento absoluto e defende a suspensão do juízo em relação a todas as questões.

Origens do Ceticismo Pirrônico

O ceticismo pirrônico tem suas origens no pensamento de Pirro de Élis, filósofo grego que viveu no século IV a.C. Pirro defendia que não podemos ter certeza sobre nada, pois todas as nossas percepções e opiniões são influenciadas por nossos sentidos e pela nossa cultura. Ele acreditava que, ao suspendermos o juízo, podemos alcançar a tranquilidade e a paz de espírito.

Os Três Tipos de Ceticismo de Sextus Empiricus

Sextus Empiricus desenvolveu uma classificação dos diferentes tipos de ceticismo. Ele identificou três tipos principais: o ceticismo dogmático, o ceticismo acadêmico e o ceticismo pirrônico.

O ceticismo dogmático é caracterizado pela crença de que é possível alcançar o conhecimento absoluto. Os dogmáticos acreditam que existem verdades universais e que é possível conhecê-las através da razão ou da experiência.

O ceticismo acadêmico, por sua vez, é uma corrente filosófica que defende que o conhecimento é impossível de ser alcançado. Os acadêmicos argumentam que todas as nossas crenças são influenciadas por nossas percepções e opiniões pessoais, e, portanto, não podemos ter certeza sobre nada.

O ceticismo pirrônico, ao qual Sextus Empiricus aderiu, é uma forma de ceticismo que defende a suspensão do juízo em relação a todas as questões. Os pirrônicos argumentam que não podemos ter certeza sobre nada, pois todas as nossas percepções e opiniões são influenciadas por nossos sentidos e pela nossa cultura.

Os Argumentos do Ceticismo Pirrônico

Os pirrônicos utilizam uma série de argumentos para defender a suspensão do juízo. Um dos principais argumentos é o argumento dos opostos. Segundo esse argumento, para cada argumento a favor de uma determinada posição, é possível encontrar um argumento igualmente convincente contra essa posição.

Outro argumento utilizado pelos pirrônicos é o argumento da regressão infinita. Esse argumento defende que, para justificar uma crença, é necessário apresentar uma justificativa para essa crença. No entanto, essa justificativa também precisa ser justificada, e assim por diante, em um processo que nunca termina.

A Suspensão do Juízo e a Tranquilidade

Para os pirrônicos, a suspensão do juízo é uma forma de alcançar a tranquilidade e a paz de espírito. Ao suspendermos o juízo, deixamos de nos preocupar com a busca pelo conhecimento absoluto e nos contentamos em viver de acordo com as nossas percepções e opiniões pessoais.

Essa suspensão do juízo nos permite viver de forma mais tranquila, pois não nos preocupamos em encontrar respostas definitivas para todas as questões. Aceitamos a incerteza como parte da condição humana e nos contentamos em viver de acordo com as nossas percepções e opiniões pessoais.

A Influência de Sextus Empiricus na Filosofia

A filosofia de Sextus Empiricus teve uma grande influência ao longo da história. Seus argumentos céticos foram retomados por filósofos posteriores, como David Hume e Immanuel Kant, que também questionaram a possibilidade de se alcançar o conhecimento absoluto.

Além disso, o ceticismo pirrônico também influenciou outras áreas do conhecimento, como a psicologia e a epistemologia. A suspensão do juízo proposta pelos pirrônicos levantou questões importantes sobre a natureza do conhecimento e sobre a confiabilidade de nossas percepções.

Conclusão

Em resumo, Sextus Empiricus foi um filósofo grego que defendeu o ceticismo pirrônico, uma corrente filosófica que questiona a possibilidade de se alcançar o conhecimento absoluto e defende a suspensão do juízo em relação a todas as questões. Seus argumentos céticos tiveram uma grande influência na filosofia e em outras áreas do conhecimento, levantando questões importantes sobre a natureza do conhecimento e sobre a confiabilidade de nossas percepções.