Alexandre de Gusmão (Diplomata português)

Biografia de Alexandre de Gusmão

Um Diplomata Brasileiro com Influência Global

Alexandre de Gusmão (1695-1753) é reconhecido como um proeminente diplomata português, nascido em Santos, São Paulo, no ano de 1695. Filho de Francisco Lourenço Rodrigues, um negociante e médico, e Maria Álvares, ele cresceu em uma família numerosa com doze irmãos, dos quais oito optaram pela vida religiosa.

Desde cedo, Alexandre foi enviado para estudar no Colégio Belém em Cachoeira, Bahia, onde seu irmão Bartolomeu já frequentava. Ambos adotaram o sobrenome “Gusmão”, em homenagem ao diretor da escola. Após alguns anos, Alexandre transferiu-se para o Colégio das Artes, onde aprofundou seus conhecimentos em várias disciplinas, incluindo latim, lógica, metafísica, ética, retórica e filosofia.

Em 1710, Alexandre partiu para Lisboa para encontrar seu irmão Bartolomeu, que havia se tornado padre. Em Portugal, ele teve a oportunidade de conviver com a elite da corte e acabou desenvolvendo uma amizade próxima com o rei Dom João V.

Em 1715, o rei nomeou Dom Luís Manuel da Câmara como embaixador em Paris e selecionou Alexandre de Gusmão para ser o secretário da Embaixada Portuguesa. Durante esse período, ele também ingressou na Universidade de Sorbonne, onde estudou Direito Civil. Após formar-se, voltou para Portugal em 1719, tornando-se professor na Universidade de Coimbra e iniciando sua incursão no mundo literário por meio da escrita de poesias.

Em 1720, integrou a delegação portuguesa responsável por negociações em Cambray, França, e mais tarde assumiu o cargo de embaixador de Portugal junto à Santa Sé em Roma, permanecendo lá por sete anos. Sua eficiência foi tão notável que o Papa Inocêncio XIII o convidou para fazer parte de sua corte com o título de Príncipe Romano, mas Alexandre recusou o convite alegando a necessidade de obter permissão do seu rei.

Sempre conectado com suas raízes coloniais, em 1734, Alexandre foi encarregado dos despachos da Secretaria de Estado para o Brasil. Durante seu mandato, ele tomou medidas para promover o povoamento e a defesa das fronteiras, além de propor formas mais favoráveis para a arrecadação de impostos. Essas ações foram cruciais para fortalecer os interesses portugueses na região.

Em 1740, Alexandre de Gusmão alcançou o cargo que sempre ambicionou: tornou-se membro do prestigioso Conselho Ultramarino. Além disso, em 1743, com a idade de 48 anos, ele se casou com Dona Isabel Teixeira Chaves, com quem teve dois filhos, Viriato e Trajano.

Durante os séculos XVI e XVII, os limites territoriais entre Portugal e Espanha nas Américas eram vagos, resultando em disputas constantes. Alexandre de Gusmão desempenhou um papel significativo na resolução de conflitos no sul do Brasil, especialmente em relação à Colônia do Sacramento.

No entanto, após a morte de Dom João V em julho de 1750, Gusmão foi afastado do governo pelo novo monarca, Dom José I, perdendo sua influência política e diplomática.

Alexandre de Gusmão faleceu em Lisboa, no dia 31 de dezembro de 1753, deixando um legado importante na história da diplomacia portuguesa e uma contribuição significativa para os interesses de Portugal no Brasil e além das fronteiras. Sua trajetória como um respeitado diplomata brasileiro continua a inspirar e ser lembrada até os dias atuais.

Resumo da Biografia de Alexandre de Gusmão

Alexandre de Gusmão (1695-1753) foi um importante diplomata brasileiro nascido em Santos, São Paulo. Inicialmente estudou com os jesuítas no Colégio Belém em Cachoeira, Bahia, e depois transferiu-se para o Colégio das Artes, onde aprofundou seus conhecimentos em várias disciplinas. Em 1710, foi para Lisboa, onde desenvolveu amizade com o rei Dom João V.

Em 1715, tornou-se secretário da Embaixada Portuguesa em Paris, ao lado do embaixador Dom Luís Manuel da Câmara. Posteriormente, estudou Direito Civil na Universidade de Sorbonne e voltou a Portugal, tornando-se professor na Universidade de Coimbra e escritor de poesias.

Em 1720, integrou a delegação portuguesa para negociações em Cambray, França, e foi nomeado embaixador de Portugal junto à Santa Sé em Roma, onde recebeu um convite para fazer parte da corte do Papa Inocêncio XIII, mas declinou por lealdade ao rei de Portugal.

Em 1734, assumiu os despachos da Secretaria de Estado para o Brasil, promovendo o povoamento e a defesa das fronteiras, além de propor medidas para uma arrecadação de impostos mais favorável. Em 1742, alcançou seu objetivo ao ser designado para o prestigioso Conselho Ultramarino, e em 1740, tornou-se secretário particular do rei Dom João V, exercendo grande influência na política externa de Portugal.

Gusmão desempenhou um papel importante na resolução de disputas territoriais entre Portugal e Espanha nas Américas, especialmente no sul do Brasil e na Colônia do Sacramento. No entanto, após a morte de Dom João V, sua influência política foi reduzida pelo novo monarca, Dom José I.

Alexandre de Gusmão faleceu em Lisboa, em 31 de dezembro de 1753, deixando um legado marcante na história da diplomacia portuguesa e brasileira. Sua trajetória inspiradora como diplomata e suas contribuições significativas para os interesses de Portugal no Brasil permanecem reconhecidas e lembradas até hoje.