Auguste Renoir

Biografia de Auguste Renoir

Auguste Renoir, uma das eminentes figuras do Impressionismo francês, é lembrado por obras emblemáticas como “Lise”, “Rosa e Azul”, “Retrato de Claude Renoir” e “As Banhistas”. Com o tempo, ele se afastou das típicas nuances de cor e luz do Impressionismo, optando por uma abordagem mais tradicional.

A paixão de Renoir pela vida levou-o a ilustrar emoções como luminosidade, retratando o espírito jubiloso de sua era. Ele alcançou o reconhecimento em sua vida sem grandes obstáculos.

Pierre-Auguste Renoir nasceu em Limoges, França, em 25 de fevereiro de 1841. Sendo descendente de um simples alfaiate, mudou-se com sua família para Paris em 1845, onde passaram três anos. Devido a circunstâncias adversas, decidiram retornar a Limoges.

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Início da carreira

Em 1848, Renoir começou a aprender com um artista de porcelana. Demonstrando um talento excepcional, seu mestre decidiu inscrevê-lo em uma escola de arte. Durante quatro anos, ele conciliou trabalho e estudos.

Aos 17 anos, assumiu uma posição em uma manufatura, onde criava designs religiosos, leques e tecidos, desafiando sua destreza. Entretanto, seu coração ansiava pela metrópole e, em 1862, ele foi para Paris e se matriculou na École des Beaux-Arts, tendo sucesso imediato no exame de admissão.

Sob orientação de Charles Gleyre, um pintor suíço, Renoir fez amizade com Sisley, Claude Monet, Bazille e Camile Pissarro, que viriam a ser renomados artistas.

Em 1864, sob a tutela de Monet, o grupo decidiu pintar em meio à natureza em Fontainebleau. Aqui, eles se dedicaram a capturar o ambiente, a luminosidade e os tons, contrastando com a prática convencional de trabalhar em estúdio. Esta experiência foi crucial para moldar o Impressionismo.

Nesse mesmo ano, Renoir apresentou no Salão o “Retrato de Willian Sisley”. Ele também desenvolveu interesse pela fotografia e produziu diversos retratos. Em 1866, inspirado por Gustave Coubert, criou “Hospedaria da Mãe Anthony”, rejeitado pelo Salão Oficial de Artes.

Em 1867, ele apresentou “Lise”, que se tornou uma de suas peças mais notáveis. Embora este trabalho tenha indicado o surgimento do Impressionismo, a abordagem inovadora foi inicialmente desdenhada.

Já em 1869, ao lado de Monet em Bougival, Renoir deu vida a obras que prenunciariam o movimento “Impressionista”.

As pinturas deste período desafiaram a convenção, demonstrando a interação da luz com a natureza. “La Grenoillère”, de 1869, exemplifica esse estilo.

Em 1870, com a Guerra Franco-Prussiana, Renoir alistou-se, mas devido a problemas de saúde, desligou-se em 1871.

Depois de terem trabalhos rejeitados, Renoir e outros artistas, incluindo Manet, Degas, Pissarro, Cézanne, Sisley, Monet e Bazille, decidiram fazer uma exposição alternativa em 1874 no estúdio do fotógrafo Nadar.

Em 1878, Renoir apresentou retratos de Jeane Samary e Madame Georges Charpentier, e começou a ganhar mais reconhecimento. Em 1880, ele casou-se com Aline Charigot, com quem teve três filhos. Nos anos subsequentes, ele viajou pela Europa, buscando inspiração e aperfeiçoando seu estilo.

Em 1883, teve sua primeira mostra individual. Em 1892, o governo francês comprou uma de suas peças, consolidando seu status. Seu reumatismo, diagnosticado em 1897, começou a restringir sua mobilidade. No entanto, seu prestígio crescia, com uma retrospectiva de sua obra organizada em 1904.

Ao mudar-se para Cagnes-sur-Mer em 1905, ele buscou um clima mais ameno devido ao reumatismo. Ainda assim, continuou a pintar e até se aventurou na escultura com a ajuda de outros artistas.

A saúde de Renoir continuou a deteriorar-se, e ele teve que adaptar suas técnicas. Em 1915, sua esposa Aline faleceu. Em 1919, suas obras foram exibidas no Museu do Louvre.

Auguste Renoir morreu em Cagnes-sur-Mer, França, em 03 de dezembro de 1919.

Obras de Auguste Renoir

  • A Hospedaria da Mãe Anthony (1866) (Museu Nacional de Estocolmo)
  • Lise (1867) (Museum, Essen, Alemanha)
  • A Jovem Cigana (1867)
  • La Grenouillère (1869) (Museu Nacional de Estocolmo)
  • Mulher com Piriquitos (1871)
  • Barcos a Vela em Argenteuil (1874) (Museu de Arte, Portland)
  • O Camarote (1874) (Courtauld Institute, Londres)
  • O Baile no Moulin de la Galantte (1876) (Museu do Louvre)
  • A Senhora Monet Lendo “Le Figaro” (1874) (Fundação Gulbenkian, Lisboa)
  • Dama Sorrindo (1875) (Museu de Arte de São Paulo)
  • A Leitora (1876) (Museu do Louvre)
  • L’altalena (1876) (Museu do Louvre)
  • As Banhistas (1877)
  • Retrato das Senhoras Henriot (1877) (Galeria Nacional de Washington)
  • Retrato de Marta Bérard (1879)
  • La Bagneuse Blonde (1881)
  • Rosa e Azul (1881) (Museu de Arte de São Paulo)
  • Duas Meninas Colhendo Flores (1890)
  • Mulher com Guitarra (1905) (Museu de Belas Artes, Lyon, França)
  • Vaso de Crisântemos (1905) (Museu de Belas Artes, Rouen, França)
  • O Julgamento de Paris (1908)
  • Bagneuse Séduite (1914) (Instituto de Artes de Chicago)

Veja também: Biografia de Angelo Agostini

Curiosidades sobre Auguste Renoir

Auguste Renoir foi um pintor francês que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do movimento Impressionista. Abaixo estão algumas curiosidades sobre sua vida e obra:

  1. Início Humilde:
    • Renoir nasceu em uma família pobre. Seu pai era um alfaiate e sua mãe era costureira. Seu talento para desenhar foi notado desde muito cedo, e ele foi encorajado a perseguir a arte como uma carreira.
  2. Amizades Artísticas:
    • Renoir tinha amizades estreitas com outros pintores impressionistas notáveis, incluindo Claude Monet, com quem ele muitas vezes pintava ao ar livre. A prática de pintura ao ar livre, ou “plein air”, era uma característica central do Impressionismo.
  3. Mudança de Estilo:
    • Apesar de ser um dos principais artistas impressionistas, Renoir passou por uma fase conhecida como “Período Ingress”, onde ele se moveu para um estilo mais delineado e clássico. Este período foi nomeado após o pintor neoclássico Jean-Auguste-Dominique Ingres.
  4. Artrite Reumatoide:
    • Renoir desenvolveu artrite reumatoide em seus últimos anos, o que afetou severamente sua capacidade de pintar. No entanto, ele continuou a pintar, mesmo quando suas mãos estavam gravemente deformadas, usando uma tira de pano para segurar o pincel.
  5. Família Talentosa:
    • A família de Renoir também era artisticamente inclinada. Seu filho, Jean Renoir, tornou-se um diretor de cinema aclamado, e seu outro filho, Pierre Renoir, tornou-se um ator.
  6. Legado Duradouro:
    • O legado de Renoir continua a ser forte, com suas obras sendo exibidas em museus e galerias ao redor do mundo. Ele é celebrado por sua paleta vibrante e sua habilidade em capturar a luz e a atmosfera, bem como a beleza e a alegria da vida cotidiana.
  7. Produção Prolífica:
    • Renoir foi um artista incrivelmente prolífico, com cerca de 6.000 obras de arte atribuídas a ele ao longo de sua carreira.

A vida e a obra de Renoir são exemplos inspiradores de perseverança, evolução artística e uma paixão duradoura pela beleza do mundo ao nosso redor.


(RESUMO) Biografia de Auguste Renoir

Auguste Renoir, destacado pintor do Impressionismo francês, nasceu em 25 de fevereiro de 1841 em Limoges, França. Ele é famoso por obras como “Lise”, “Rosa e Azul” e “Retrato de Claude Renoir”. Ao longo de sua carreira, ele se afastou da típica abordagem impressionista, adotando um estilo mais tradicional.

Iniciando sua carreira em 1848, Renoir trabalhou primeiro com porcelana antes de ingressar na École des Beaux-Arts em Paris em 1862. Lá, ele se associou a futuros grandes nomes da pintura, como Monet e Sisley. Suas primeiras obras evidenciaram o emergente estilo impressionista, focando na interação da luz com a natureza.

Apesar dos desafios iniciais, como ter obras rejeitadas pelos salões tradicionais, Renoir e seus contemporâneos organizaram exposições alternativas, consolidando o movimento Impressionista. Casou-se com Aline Charigot em 1880, com quem teve três filhos, e continuou a evoluir seu estilo através de viagens e estudos.

Sua saúde declinou devido ao reumatismo, mas isso não impediu sua produção artística. Ele até se aventurou na escultura no final de sua carreira. Depois de uma vida de contribuições significativas para a arte, Renoir faleceu em 03 de dezembro de 1919 em Cagnes-sur-Mer, França.

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