Antonio Salieri

Biografia de Antonio Salieri

Antonio Salieri (1750-1825) foi um renomado músico italiano, compositor e maestro cujas óperas conquistaram o coração da Europa no final do século XVIII. Ele se tornou famoso por sua rivalidade com Mozart.

O nascimento de Antonio Salieri ocorreu na encantadora cidade de Legnano, na província de Verona, Itália, em 18 de agosto de 1750, onde passou seus anos de juventude. Aos 15 anos, ele iniciou seus estudos de canto e teoria musical em Veneza. Em 1766, com apenas 16 anos, seu mentor, Florian Gassmann, que era então o diretor musical e compositor oficial da corte austríaca, o levou para Viena e o apresentou ao Imperador José II, a quem Salieri serviria ao longo de sua ilustre carreira musical.

O Caminho do Compositor em Viena

Na movimentada Viena, Salieri teve a oportunidade de interagir com figuras ilustres como Gluck, Scarlatti, Melastasio e Calzabigi, todos os quais o apoiaram entusiasticamente. Ele estreou várias óperas cômicas no prestigioso Burgtheatre em 1770, incluindo sua primeira obra, “La Donne Letterate”. Em 1774, após o falecimento de Gassmann, Salieri foi nomeado compositor da corte. Entre 1778 e 1780, ele embarcou em uma série de viagens por vilarejos do país, enriquecendo ainda mais sua experiência musical.

O Triunfo em Paris e em Viena

O ano de 1784 marcou a estreia triunfal de Salieri em Paris com sua magistral obra “Las Danaides”. Em Viena, ele continuou a cativar o público com composições cômicas memoráveis como “La Gruta de Trofonio” (1785) e “Prima la Musica e Poi le Parole” (1786). No entanto, seu trabalho mais famoso, a ópera francesa “Tarare” (1787), que posteriormente foi traduzida para o italiano como “Axur, re d’Ormus”, superou em popularidade a ópera “Don Giovanni” de Mozart entre o público vienense.

A Influência sobre Beethoven

Em 1788, Salieri foi nomeado mestre da capela do Imperador, um cargo que ocupou até 1824. Entre seus notáveis alunos, que mais tarde se tornaram figuras renomadas, encontram-se Beethoven, Schubert, Giacomo, Lizt e Wolfgang Mozart, filho do lendário Mozart. Salieri não apenas ensinou música a Beethoven, mas também desenvolveu uma amizade próxima com ele, compartilhando lições valiosas sobre contraponto. Beethoven, em sinal de respeito, dedicou a Salieri suas três sonatas para violino, opus 12, em 1797.

A Complexa Relação com Mozart

A relação entre Salieri e Mozart gerou especulações, especialmente em torno do enredo fictício de envenenamento, que serviu de base para a ópera “Mozart e Salieri” de Rimski-Korsakov (1898). Essa trama também foi explorada na peça “Amadeus” de Peter Shaffer (1979), que posteriormente foi adaptada para o cinema em 1984. No entanto, é importante destacar que não existem evidências sólidas de que Salieri tenha tramado contra Mozart ou tentado envenená-lo. Na verdade, Mozart mencionou em uma carta a aprovação de Salieri em relação à sua ópera “Die Zauberflote” (A Flauta Mágica), em 1791.

Entre as diversas obras notáveis de Antonio Salieri, destacam-se “Les Horaces”, “Don Chisciotte” (1770), “L’Europa Riconosciuta” (1778), “Tarare” (1787) e “Falstaff” (1799).

A vida musical de Antonio Salieri chegou ao fim em 7 de maio de 1825, na cidade de Viena, Áustria.

Resumo da Biografia de Antonio Salieri

Antonio Salieri (1750-1825) foi um compositor e maestro italiano cujas óperas conquistaram a Europa no final do século XVIII, tornando-se conhecido por sua rivalidade com Mozart. Nascido em Legnano, Itália, ele estudou música em Veneza e, em seguida, mudou-se para Viena, onde desenvolveu sua carreira musical sob o patrocínio do Imperador José II.

Em Viena, Salieri interagiu com figuras importantes da música e apresentou óperas cômicas de sucesso. Sua ópera “Tarare” superou a popularidade de “Don Giovanni” de Mozart entre o público vienense. Ele também influenciou compositores notáveis, como Beethoven.

A relação entre Salieri e Mozart gerou especulações, mas não há evidências de conspiração ou envenenamento. Salieri faleceu em Viena em 1825, deixando um legado musical duradouro. Suas obras incluem “Les Horaces”, “Don Chisciotte”, “L’Europa Riconosciuta”, “Tarare” e “Falstaff”.