Afrânio Peixoto

Biografia de Afrânio Peixoto

Afrânio Peixoto (1876-1947) foi um renomado escritor, médico legista e professor brasileiro. Sua carreira se destacou tanto na literatura quanto na área da medicina, deixando um legado significativo em ambos os campos. Além disso, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n.º 7.

Infância e Formação

Nascido em Lençóis, Bahia, em 17 de dezembro de 1876, Afrânio Peixoto mudou-se com sua família para Canavieiras ainda jovem. Em 1897, aos 21 anos, formou-se em Medicina na Universidade de Salvador, chamando a atenção com sua tese sobre “Epilepsia e Crime”, que atraiu reconhecimento tanto no Brasil quanto no exterior.

Carreira Literária

Em 1900, iniciou sua carreira literária, explorando o Simbolismo com seu drama “Rosa Mística” e publicando a novela “Lufada Sinistra”. No ano seguinte, foi nomeado professor de medicina legal na Faculdade de Medicina da Bahia.

Contribuições na Área da Medicina

Em 1903, Afrânio Peixoto mudou-se para o Rio de Janeiro, onde assumiu o cargo de Inspetor de Saúde Pública, a convite do médico Juliano Moreira. Em 1904, tornou-se diretor do Hospital Nacional dos Aliados e realizou várias viagens ao exterior para aprimorar seus conhecimentos médicos. Em 1907, por meio de um concurso, foi nomeado professor de Medicina Legal na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Academia Brasileira de Letras e Reconhecimento

Em 1910, Afrânio Peixoto foi eleito para a cadeira n.º 7 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Euclides da Cunha. Antes de sua posse, publicou o romance “A Esfinge” (1911), inspirado em sua viagem ao Egito, que foi um grande sucesso e o estabeleceu como um importante escritor de ficção. Ele tomou posse na Academia em agosto de 1911.

Atividades na Academia e Trilogia Sertaneja

Dentro da Academia Brasileira de Letras, Afrânio Peixoto desempenhou diversas funções, como fazer parte da Comissão de Redação da Revista (1911-1920), da Comissão de Bibliografia (1918) e da Comissão de Lexicografia (1920 e 1922). Ele também foi presidente da Casa de Machado de Assis em 1923.

Em 1914, iniciou a trilogia sertaneja com o romance “Maria Bonita”. Em 1915, foi nomeado diretor da Escola Normal e, no ano seguinte, diretor da Instrução Pública. A trilogia foi concluída em 1922 com a obra “Bugrinha”, na qual o autor reviveu sua infância nas cidades de Lençóis e Canavieiras.

Contribuições Diversas e Legado

Além de sua carreira literária, Afrânio Peixoto também desempenhou diversos cargos públicos, como deputado federal pela Bahia em 1923. Fundou a Biblioteca de Cultura Nacional e iniciou uma série de publicações acadêmicas que mais tarde foi chamada de “Coleção Afrânio Peixoto”. Em 1932, foi nomeado professor de História da Educação no Instituto de Educação e, em 1935, tornou-se reitor da Universidade do Distrito Federal.

Afrânio Peixoto deixou um legado significativo tanto na literatura quanto na área da medicina. Sua atuação na Academia Brasileira de Letras e sua trilogia sertaneja são apenas alguns exemplos de suas contribuições para a cultura e o conhecimento no Brasil. Ele faleceu em 1947, mas sua influência e obras continuam a ser valorizadas até os dias de hoje.


Resumo da Biografia de Afrânio Peixoto

Afrânio Peixoto (1876-1947) foi um renomado escritor, médico legista e professor brasileiro. Sua carreira abrangeu tanto a literatura quanto a medicina, sendo eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Nascido em Lençóis, Bahia, em 1876, Peixoto formou-se em Medicina em 1897, chamando a atenção com sua tese sobre “Epilepsia e Crime”. Em 1900, iniciou sua carreira literária, explorando o Simbolismo. Em 1910, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, assumindo a cadeira n.º 7. Como membro da Academia, participou de várias comissões e exerceu cargos importantes. Além disso, escreveu a trilogia sertaneja, composta pelos romances “Maria Bonita”, “Fruto do Mato” e “Bugrinha”. Afrânio Peixoto também desempenhou cargos públicos e contribuiu para a educação, fundando a Biblioteca de Cultura Nacional e publicando obras acadêmicas. Seu legado na literatura e na medicina continua a ser valorizado até hoje. Ele faleceu em 1947, deixando uma marca indelével na cultura brasileira.


Obras de Afrânio Peixoto

Afrânio Peixoto foi um prolífico escritor brasileiro, autor de diversas obras ao longo de sua carreira literária. A seguir, estão listadas algumas de suas principais obras:

  • Rosa mística — drama (1900)
  • Lufada sinistra — novela (1900)
  • A esfinge — romance (1911)
  • Maria Bonita — romance (1914)
  • Minha terra e minha gente — história (1915)
  • Poeira da estrada — crítica (1918)
  • Trovas brasileiras (1919)
  • Parábolas (1920)
  • José Bonifácio, o velho e o moço — biografia (1920)
  • Fruta do mato — romance (1920)
  • Castro Alves, o poeta e o poema (1922)
  • Bugrinha — romance (1922)
  • Ensinar e ensinar (1923)
  • Dicionário dos Lusíadas — filologia (1924)
  • Dinamene (1925)
  • Arte poética — ensaio (1925)
  • As razões do coração — romance (1925)
  • Camões e o Brasil — crítica (1926)
  • Uma mulher como as outras — romance (1928)
  • Sinhazinha (1929)
  • Miçangas (1931)
  • Viagem Sentimental (1931)
  • História da literatura brasileira (1931)
  • Castro Alves — ensaio bibliográfico (1931)
  • Panorama da literatura brasileira (1940)
  • Pepitas — ensaio (1942)
  • Amor sagrado e amor profano (1942)
  • Despedida (1942)
  • Obras completas (1942)
  • Indes (1944)
  • Breviário da Bahia (1945)
  • Livro de horas (1947)