Quietista :O que é, significado
O que é Quietista?
O termo Quietista é utilizado para descrever uma corrente filosófica e religiosa que surgiu no século XVII, principalmente na Europa. Essa corrente teve como principal expoente o teólogo espanhol Miguel de Molinos, que defendia a ideia de que a alma humana deve buscar a união com Deus através do silêncio interior e da contemplação.
Origem e desenvolvimento do Quietismo
O Quietismo teve origem na Espanha, no século XVII, mas se espalhou por outros países europeus, como França e Itália. A corrente foi influenciada por diversas correntes filosóficas e religiosas da época, como o misticismo e o neoplatonismo.
No entanto, foi com Miguel de Molinos que o Quietismo ganhou destaque e se tornou uma corrente filosófica e religiosa reconhecida. Molinos publicou em 1675 a obra “Guia Espiritual”, na qual defendia a ideia de que a alma humana deve buscar a união com Deus através do silêncio interior e da contemplação.
Principais características do Quietismo
O Quietismo possui algumas características principais que o diferenciam de outras correntes filosóficas e religiosas. Uma das principais características é a ênfase na importância do silêncio interior e da contemplação como forma de alcançar a união com Deus.
Além disso, o Quietismo defende a ideia de que a alma humana deve se desapegar das preocupações mundanas e das atividades externas, buscando a tranquilidade e a paz interior. Para os quietistas, a verdadeira felicidade está na união com Deus e não nas conquistas materiais.
Controvérsias e críticas ao Quietismo
O Quietismo foi alvo de diversas controvérsias e críticas ao longo da sua história. Uma das principais críticas é a de que a corrente poderia levar ao conformismo e à passividade diante das injustiças e dos problemas sociais.
Além disso, o Quietismo foi considerado uma ameaça pela Igreja Católica, que via com desconfiança a ideia de que a alma humana poderia alcançar a união com Deus sem a necessidade de intermediários, como os padres e os sacramentos.
Influência do Quietismo na cultura e na sociedade
O Quietismo teve uma influência significativa na cultura e na sociedade da época. A corrente influenciou diversos artistas, como escritores, pintores e músicos, que buscavam expressar em suas obras a busca pela paz interior e a união com o divino.
Além disso, o Quietismo também influenciou a forma como as pessoas encaravam a espiritualidade e a religião. A corrente questionava a necessidade de intermediários religiosos e defendia a ideia de que a alma humana é capaz de alcançar a união com Deus por si só, através do silêncio interior e da contemplação.
Declínio do Quietismo
O Quietismo entrou em declínio no final do século XVII, principalmente devido às críticas e controvérsias que cercavam a corrente. A Igreja Católica condenou o Quietismo como heresia e proibiu a leitura das obras de Molinos e de outros quietistas.
Além disso, outras correntes filosóficas e religiosas ganharam destaque nesse período, como o Iluminismo e o Racionalismo, que questionavam as ideias defendidas pelo Quietismo.
Legado do Quietismo
Mesmo com o seu declínio, o Quietismo deixou um legado importante na história da filosofia e da religião. A corrente influenciou diversas correntes posteriores, como o Romantismo e o Existencialismo, que também valorizavam a busca pela paz interior e a união com o divino.
Além disso, o Quietismo também trouxe à tona questões importantes sobre a relação entre o indivíduo e a religião, questionando a necessidade de intermediários religiosos e defendendo a ideia de que a alma humana é capaz de buscar a união com Deus por si só.
Conclusão
O Quietismo foi uma corrente filosófica e religiosa que surgiu no século XVII e teve como principal expoente o teólogo espanhol Miguel de Molinos. A corrente defendia a ideia de que a alma humana deve buscar a união com Deus através do silêncio interior e da contemplação. Apesar das críticas e controvérsias que cercavam o Quietismo, a corrente deixou um legado importante na história da filosofia e da religião.