Platônico: O que é, significado

O que é Platônico?

Platônico é um termo que tem origem no nome do filósofo grego Platão, um dos pensadores mais influentes da história da filosofia ocidental. O termo “platônico” é frequentemente utilizado para descrever um tipo de amor ou relacionamento que é puramente espiritual e idealizado, sem envolvimento físico ou sexual. No entanto, o significado de platônico vai além disso e abrange uma série de conceitos filosóficos e psicológicos que serão explorados neste glossário.

Origem e significado do termo Platônico

O termo “platônico” deriva do nome do filósofo grego Platão, que viveu entre 427 e 347 a.C. Platão foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, e é considerado um dos principais representantes do pensamento filosófico da Grécia Antiga. Ele fundou a Academia de Atenas, onde ensinava suas ideias e teorias.

O termo “platônico” surgiu a partir das obras de Platão, especialmente em seu diálogo “O Banquete”. Nesse diálogo, Platão discute o amor e apresenta a ideia de que o amor verdadeiro é aquele que busca a beleza e a perfeição, transcendendo o plano físico e alcançando o plano das ideias. Assim, o amor platônico é aquele que se baseia em uma conexão espiritual e intelectual, sem envolvimento sexual ou carnal.

O amor platônico

O amor platônico é um conceito que tem sido amplamente discutido e interpretado ao longo dos séculos. Ele se refere a um tipo de amor idealizado, que transcende o desejo físico e se concentra na admiração e na conexão emocional e intelectual entre duas pessoas. No amor platônico, o foco está na busca pela perfeição e pela beleza, tanto no outro como em si mesmo.

É importante ressaltar que o amor platônico não é necessariamente romântico. Ele pode existir entre amigos, familiares, mentores e discípulos, por exemplo. O que define o amor platônico é a ausência de desejo sexual ou físico, e a ênfase na conexão espiritual e intelectual.

A filosofia platônica

A filosofia de Platão é conhecida como platonismo e exerceu uma grande influência no pensamento ocidental. Platão acreditava que o mundo físico é apenas uma cópia imperfeita do mundo das ideias, que é eterno e perfeito. Segundo ele, as coisas que percebemos com os sentidos são apenas sombras das ideias verdadeiras.

Platão também desenvolveu a teoria das formas ou ideias, que afirma que as coisas que percebemos no mundo físico são apenas manifestações imperfeitas das formas ideais. Por exemplo, um cavalo real é apenas uma cópia imperfeita da forma ideal de cavalo, que existe no mundo das ideias.

Alegoria da caverna

Uma das obras mais conhecidas de Platão é a “Alegoria da Caverna”, presente em seu diálogo “A República”. Nessa alegoria, Platão descreve a condição humana como a de prisioneiros acorrentados em uma caverna, que só conseguem ver as sombras projetadas na parede.

Segundo Platão, a realidade que percebemos com os sentidos é apenas uma ilusão, e a verdadeira realidade está além do mundo físico. Assim como os prisioneiros da caverna, estamos presos em uma realidade limitada e devemos buscar a verdade e a sabedoria para alcançar a libertação.

Platônico na psicologia

O termo “platônico” também é utilizado na psicologia para descrever um tipo de amor ou atração que não é correspondido ou não pode ser vivido de forma plena. Nesse sentido, o amor platônico é visto como uma idealização do outro, uma projeção de desejos e expectativas que não podem ser realizados.

Na psicologia, o amor platônico pode ser visto como uma forma de defesa psicológica, uma maneira de evitar o envolvimento emocional e as possíveis frustrações e decepções que podem surgir em um relacionamento real. É uma forma de manter o amor em um plano idealizado, sem enfrentar as dificuldades e desafios que podem surgir em um relacionamento real.

Platônico na cultura popular

O termo “amor platônico” é amplamente utilizado na cultura popular para descrever um tipo de amor não correspondido ou idealizado. Ele é frequentemente retratado em filmes, livros e músicas como um amor impossível, que não pode ser vivido de forma plena.

Na literatura, um exemplo famoso de amor platônico é o personagem Jay Gatsby, do livro “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald. Gatsby é apaixonado por Daisy Buchanan, mas seu amor é idealizado e não correspondido.

No cinema, um exemplo de amor platônico é o filme “Amélie Poulain”, dirigido por Jean-Pierre Jeunet. A personagem Amélie se apaixona por Nino Quincampoix, mas seu amor é vivido de forma platônica, sem que eles se envolvam romanticamente.

Conclusão

Em resumo, o termo “platônico” tem origem no nome do filósofo grego Platão e é frequentemente utilizado para descrever um tipo de amor ou relacionamento que é puramente espiritual e idealizado, sem envolvimento físico ou sexual. No entanto, o significado de platônico vai além disso e abrange conceitos filosóficos e psicológicos mais amplos. O amor platônico é baseado em uma conexão espiritual e intelectual, buscando a perfeição e a beleza. A filosofia platônica defende que o mundo físico é apenas uma cópia imperfeita do mundo das ideias, e a alegoria da caverna ilustra a busca pela verdade e pela sabedoria. Na psicologia, o amor platônico pode ser visto como uma idealização do outro, uma forma de evitar o envolvimento emocional e as possíveis frustrações de um relacionamento real. Na cultura popular, o amor platônico é retratado como um amor impossível e idealizado, que não pode ser vivido de forma plena.