O que é: Non-cognitivismo na Filosofia

O que é Non-cognitivismo na Filosofia?

O non-cognitivismo é uma corrente filosófica que se destaca no campo da ética e da filosofia da linguagem. Essa abordagem rejeita a ideia de que as proposições éticas possam ser verdadeiras ou falsas, argumentando que elas não expressam conhecimento ou crenças, mas sim emoções, atitudes ou comandos. Neste glossário, exploraremos mais a fundo os principais conceitos e debates relacionados ao non-cognitivismo na filosofia.

Origens e desenvolvimento do non-cognitivismo

O non-cognitivismo surgiu como uma reação ao cognitivismo, que defende a ideia de que as proposições éticas podem ser verdadeiras ou falsas e que é possível obter conhecimento moral. A corrente non-cognitivista ganhou força no século XX, com a contribuição de filósofos como Ayer, Stevenson e Hare. Esses pensadores argumentavam que as proposições éticas não podem ser reduzidas a fatos empíricos e que seu significado está relacionado a atitudes e emoções.

Expressivismo e non-cognitivismo

Uma das principais vertentes do non-cognitivismo é o expressivismo. Essa abordagem defende que as proposições éticas não têm a função de descrever o mundo, mas sim de expressar as atitudes e emoções do falante. Segundo os expressivistas, quando alguém diz “matar é errado”, não está afirmando que matar é errado, mas sim expressando sua desaprovação em relação ao ato de matar.

Emotivismo e non-cognitivismo

Outra vertente importante do non-cognitivismo é o emotivismo. Essa teoria, desenvolvida por Ayer, argumenta que as proposições éticas são expressões de emoções e atitudes. Segundo o emotivismo, quando alguém diz “matar é errado”, está expressando sua própria desaprovação e tentando influenciar os outros a compartilharem dessa mesma atitude.

Non-cognitivismo e a questão da verdade

Uma das principais críticas ao non-cognitivismo é a sua dificuldade em lidar com a questão da verdade. Enquanto o cognitivismo busca estabelecer critérios para determinar a verdade ou falsidade de proposições éticas, o non-cognitivismo argumenta que essas proposições não são passíveis de verdade ou falsidade. Para os non-cognitivistas, as proposições éticas são expressões subjetivas e não podem ser avaliadas em termos de verdade ou falsidade.

Non-cognitivismo e a linguagem moral

O non-cognitivismo também levanta questões sobre a natureza da linguagem moral. Enquanto o cognitivismo entende que as proposições éticas têm um significado descritivo, o non-cognitivismo argumenta que elas têm um significado expressivo. Para os non-cognitivistas, a linguagem moral não tem a função de descrever fatos morais, mas sim de expressar atitudes e emoções.

Críticas ao non-cognitivismo

O non-cognitivismo enfrenta diversas críticas por parte de outras correntes filosóficas. Uma das principais críticas é a dificuldade em explicar a objetividade da ética. Enquanto o cognitivismo busca estabelecer critérios objetivos para determinar o que é moralmente certo ou errado, o non-cognitivismo argumenta que essas questões são subjetivas e dependem das atitudes e emoções individuais.

Non-cognitivismo e a ação moral

Outra crítica ao non-cognitivismo está relacionada à sua dificuldade em fornecer uma base sólida para a ação moral. Enquanto o cognitivismo busca estabelecer princípios morais que possam guiar a ação, o non-cognitivismo argumenta que as proposições éticas não têm a função de fornecer orientações para a ação, mas sim de expressar atitudes e emoções.

Non-cognitivismo e a moralidade universal

O non-cognitivismo também é criticado por sua dificuldade em lidar com a questão da moralidade universal. Enquanto o cognitivismo busca estabelecer princípios morais que se apliquem a todas as pessoas em todos os contextos, o non-cognitivismo argumenta que as atitudes e emoções morais são subjetivas e podem variar de pessoa para pessoa e de cultura para cultura.

Non-cognitivismo e a ética aplicada

O non-cognitivismo também tem implicações para a ética aplicada, que busca aplicar princípios éticos a situações concretas. Enquanto o cognitivismo busca estabelecer critérios objetivos para determinar o que é moralmente certo ou errado em diferentes contextos, o non-cognitivismo argumenta que essas questões são subjetivas e dependem das atitudes e emoções individuais.

Non-cognitivismo e a crítica ao cognitivismo

O non-cognitivismo também se destaca por sua crítica ao cognitivismo. Enquanto o cognitivismo busca estabelecer critérios objetivos para determinar a verdade ou falsidade de proposições éticas, o non-cognitivismo argumenta que essas proposições não são passíveis de verdade ou falsidade. Para os non-cognitivistas, as proposições éticas são expressões subjetivas e não podem ser avaliadas em termos de verdade ou falsidade.

Conclusão

Em resumo, o non-cognitivismo é uma corrente filosófica que rejeita a ideia de que as proposições éticas possam ser verdadeiras ou falsas. Essa abordagem argumenta que as proposições éticas não expressam conhecimento ou crenças, mas sim emoções, atitudes ou comandos. Apesar das críticas e debates em torno do non-cognitivismo, essa corrente continua a influenciar os estudos éticos e filosóficos, contribuindo para uma compreensão mais ampla da natureza da linguagem moral e das questões éticas.