Ícone do site Resumos Só Escola

Aloísio Magalhães

Biografia de Aloísio Magalhães

Um Ícone das Artes Visuais Brasileiras

Aloísio Magalhães (1927-1982) permanece como uma destacada personalidade nas esferas de artes plásticas, design e ativismo cultural no Brasil. Sua influência foi particularmente significativa no campo do design gráfico nacional.

Aloísio Sérgio Barbosa de Magalhães nasceu no Recife, Pernambuco, em 5 de novembro de 1927. Ele conquistou seu diploma em Direito na Faculdade de Direito do Recife em 1950. Durante seus anos de formação, ele participou ativamente do Teatro do Estudante de Pernambuco (TEP), onde se envolveu como coreógrafo, figurinista e também assumiu a liderança no teatro de marionetes.

Em 1951, ele obteve uma bolsa de estudos do governo francês, o que o levou a Paris. Lá, ele estudou museologia e frequentou o Atelier 17, um centro de disseminação de técnicas de gravura, onde teve Stanley William Hayter como instrutor. Após seu retorno ao Brasil, em 1953, ele direcionou seu foco para a pintura e explorou as artes gráficas em suas pesquisas.

No ano de 1954, ele estabeleceu o “Gráfico Amador” no Recife. Esse empreendimento funcionou como uma combinação de estúdio gráfico e editora, com o propósito de publicar pequenas obras literárias, particularmente poesias, em edições artesanais. Esse projeto teve um impacto notável no desenvolvimento do moderno design gráfico no país. Um de seus feitos notáveis incluiu a obra “Pregão Turístico do Recife”, de João Cabral de Melo Neto, com ilustrações e design realizados por Aloísio Magalhães.

Em 1956, através de uma bolsa de estudos do governo norte-americano, ele viajou para os Estados Unidos, onde se dedicou ao design gráfico e à criação visual. Durante esse período, ele publicou os livros “Doorway to Brasília” e “Doorway to Portuguese”, trabalho que lhe rendeu três medalhas de ouro do Art Directors Club da Filadélfia. Além disso, ele atuou como instrutor na escola de arte do museu da cidade.

De volta ao Brasil em 1960, ele fundou, juntamente com Luiz Fernando Noronha e Artur Lício Pontual, o escritório M+N+P – Magalhães, Noronha e Pontual, que mais tarde passou a ser conhecido como PVDI – Programa Visual Desenho Industrial, um dos pioneiros nesse campo no país.

No ano de 1963, Aloísio Magalhães foi um dos colaboradores na fundação da primeira escola superior desse tipo em toda a América Latina, a Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro, onde lecionou comunicação visual. Em 1964, ele saiu vitorioso no concurso para criar o símbolo do IV Centenário do Rio de Janeiro. Já em 1966, ele ganhou o concurso para desenhar as cédulas do cruzeiro novo, a partir de então, tornou-se responsável pelo design das notas e moedas brasileiras.

Aloísio Magalhães produziu projetos de impacto tanto nacional quanto internacional. Ele trabalhou na identidade visual de algumas das maiores empresas do Brasil, incluindo o Banco Nacional, a Light, o Banespa, a Petrobras e a TV Globo, para a qual ele criou a primeira logomarca, uma estrela de quatro pontas.

Em 1979, ele foi nomeado diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Em 1981, assumiu o cargo de secretário de Cultura do Ministério da Educação, defendendo consistentemente a preservação da memória artística e cultural brasileira. Ele também estabeleceu o Centro Nacional de Referência Cultural e fundou a Fundação Nacional Pró-Memória.

Como forma de honrar sua contribuição, o “Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães – Mamam” recebeu seu nome. Esse museu atua como um centro de referência para as artes visuais brasileiras, elevando o Recife a um lugar de destaque no cenário artístico nacional e internacional, ao mesmo tempo que celebra a memória desse artista plástico pernambucano.

Aloísio Magalhães faleceu em Pádua, Itália, em 13 de junho de 1982, mas seu legado perdura através de suas contribuições valiosas para o campo das artes visuais e do design no Brasil.


Veja também:

Resumo da Biografia de Aloísio Magalhães

Aloísio Magalhães (1927-1982) foi um proeminente artista plástico, designer e defensor cultural brasileiro, notório pelo seu impacto no design gráfico nacional. Nascido em Recife, Magalhães estudou Direito e se envolveu em atividades culturais, como o Teatro do Estudante de Pernambuco. Ele obteve bolsas de estudo na França e nos EUA, ampliando suas habilidades em gravura e design. Em 1954, fundou o “Gráfico Amador”, um projeto influente no design gráfico brasileiro, e colaborou em obras literárias ilustradas.

Após passar um período nos EUA, onde ganhou reconhecimento por seus livros de design, ele retornou ao Brasil e co-fundou o escritório PVDI, pioneiro em design industrial. Ele também contribuiu para a fundação da primeira escola de design da América Latina. Magalhães venceu concursos para símbolos e desenhos de cédulas brasileiras, e seu trabalho estendeu-se à identidade visual de importantes empresas, incluindo a TV Globo.

Nomeado diretor do Iphan e secretário de Cultura do MEC, Magalhães dedicou-se à preservação cultural e à promoção artística. Ele deixou um legado duradouro, incluindo o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães, e faleceu em 1982, na Itália. Seu impacto nas artes visuais e no design permanece uma parte fundamental da história cultural brasileira.

Sair da versão mobile