Biografia de Aldous Huxley
Um Vislumbre sobre sua Vida e Legado.
Aldous Huxley, renomado autor inglês do clássico literário “Admirável Mundo Novo”, viveu de 1894 a 1963. Sua exploração das experiências com substâncias alucinógenas foi documentada em sua obra “As Portas da Percepção”.
Nascido em Godalming, Inglaterra, em 26 de julho de 1894, Aldous Leonard Huxley cresceu em um ambiente repleto de intelectuais de destaque. Seu pai era professor e escritor, enquanto seu avô era um famoso naturalista. Apesar de ter estudado no Eton College, Huxley foi obrigado a interromper sua educação devido a uma doença ocular que quase o deixou cego. Após se recuperar da visão, ele retornou aos estudos e ingressou no Balliol College em Oxford em 1913, obtendo uma licenciatura em Literatura Inglesa em 1915.
As primeiras obras publicadas por Huxley foram coletâneas de poemas, incluindo “The Burning Wheel” (1916) e “Jonah” (1917). Ele atuou como jornalista para a revista Athenaeum e como crítico de teatro para a Westminster Gazzette. Em 1920, lançou sua primeira obra em prosa, intitulada “Limbo”, seguida pela sua primeira novela, “Crome Yellow” (1921), na qual criticava severamente os círculos intelectuais.
Aldous Huxley realizou diversas viagens para manter contato com a elite intelectual europeia. Ele passou um tempo em Paris e, posteriormente, estabeleceu residência na Itália, onde escreveu “Point Counter Point” (1928), exibindo sua sólida base intelectual e as técnicas modernas da arte da novela. Em 1932, publicou sua obra mais importante e que o tornaria reconhecido mundialmente, “Admirável Mundo Novo”. Nessa obra, ele uniu sátira e ficção para descrever uma sociedade estratificada por um sistema de castas, oferecendo uma visão visionária e pessimista. Em 1936, lançou “Eyeless in Gaza”, uma obra de caráter autobiográfico.
Em 1937, Aldous Huxley mudou-se para os Estados Unidos, onde passou algum tempo na Califórnia e, no ano seguinte, foi para Hollywood, onde começou a escrever roteiros para o cinema. Em seguida, iniciou uma fase mística em sua carreira. Em 1941, ele se aproximou da literatura religiosa da Índia e estabeleceu contato com a “Vedanta Society” de Los Angeles. Ele publicou “The Art of Seeing” (1942) e “Time Must Have a Stop” (1944), este último inspirado no Livro Tibetano dos Mortos. Em 1946, lançou uma coleção comentada de textos místicos intitulada “La Philosophia Eternelle” (A Filosofia Perene), buscando encontrar elementos comuns entre várias religiões.
A partir de 1950, Aldous Huxley iniciou uma nova fase de sua vida, relacionada ao uso de drogas. Ele experimentou alucinógenos como a mescalina e o LSD, buscando expandir a consciência e descobrir novos horizontes do pensamento humano. Essa experiência resultou na publicação de “As Portas da Percepção” (1954), que exerceu grande influência na sociedade norte-americana.
Em 1960, Huxley foi diagnosticado com câncer de laringe. Nos anos seguintes, ele escreveu “A Ilha” (1962) e “Literatura e Ciência” (1963), sua última obra. Sua experiência com drogas psicodélicas foi tão impactante para Huxley que ele planejou deixar a vida em uma viagem de LSD. Com a ajuda de sua esposa, Laura, após lutar contra a doença por três anos e estar à beira da morte, ele pediu que ela lhe administrasse várias doses de LSD. Em uma carta endereçada ao irmão de Huxley, Laura descreve a morte do marido sob o efeito do ácido.
Aldous Huxley faleceu em Los Angeles, Estados Unidos, em 22 de novembro de 1963. Sua contribuição para a literatura e seu envolvimento com experiências psicodélicas deixaram um legado duradouro, que continua a influenciar gerações posteriores.
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Resumo da Biografia de Aldous Huxley
Aldous Huxley (1894-1963) foi um renomado escritor inglês, conhecido por obras como “Admirável Mundo Novo” e “As Portas da Percepção”. Nascido em uma família de intelectuais, Huxley estudou em Oxford e iniciou sua carreira como poeta e crítico. Ele viajou pela Europa e se estabeleceu nos Estados Unidos, onde se envolveu com o cinema e explorou o misticismo e o uso de drogas alucinógenas. Sua experiência com LSD influenciou sua obra e levou à publicação de “As Portas da Percepção”. Huxley faleceu em 1963, deixando um legado duradouro na literatura e na cultura.