O que é: Kierkegaardianismo na Filosofia

O que é Kierkegaardianismo na Filosofia?

O Kierkegaardianismo é uma corrente filosófica que se baseia nas ideias e conceitos desenvolvidos pelo filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard. Considerado um dos principais pensadores existencialistas, Kierkegaard abordou questões relacionadas à existência humana, à liberdade individual e à busca por sentido e autenticidade na vida.

A vida e obra de Søren Kierkegaard

Søren Kierkegaard nasceu em 1813, em Copenhague, na Dinamarca. Filho de uma família religiosa, Kierkegaard teve uma infância marcada pela religiosidade e pela influência do cristianismo. Ao longo de sua vida, ele se dedicou ao estudo da teologia e da filosofia, e suas obras abordam temas como a fé, a angústia, o amor e a existência humana.

Principais conceitos do Kierkegaardianismo

Um dos principais conceitos do Kierkegaardianismo é o de “angústia”. Para Kierkegaard, a angústia é uma emoção fundamental que surge diante das escolhas e das possibilidades da existência humana. Ele argumenta que a angústia é uma resposta natural à liberdade e à responsabilidade que cada indivíduo possui em relação à sua própria vida.

Outro conceito importante é o de “desespero”. Kierkegaard distingue o desespero saudável do desespero patológico. O desespero saudável é uma forma de reconhecimento da finitude e da limitação humana, enquanto o desespero patológico é uma negação da própria existência e uma fuga da responsabilidade de viver de forma autêntica.

A busca pela autenticidade e pelo sentido da vida

Um dos principais temas abordados pelo Kierkegaardianismo é a busca pela autenticidade e pelo sentido da vida. Kierkegaard argumenta que a vida autêntica é aquela em que o indivíduo assume a responsabilidade por suas escolhas e vive de acordo com seus valores e convicções mais profundas.

Para Kierkegaard, a busca pelo sentido da vida envolve a reflexão sobre a própria existência e a busca por uma relação autêntica com o transcendente. Ele defende que a fé é uma forma de encontrar sentido e propósito na vida, mas ressalta que a fé não pode ser imposta ou baseada em dogmas, mas sim uma escolha pessoal e individual.

A crítica à sociedade e à religião institucionalizada

O Kierkegaardianismo também se caracteriza por uma crítica à sociedade e à religião institucionalizada. Kierkegaard argumenta que a sociedade moderna é marcada pela superficialidade, pela busca por prazeres imediatos e pela falta de autenticidade. Ele critica a tendência de se conformar às normas e expectativas sociais, em detrimento da busca por uma vida verdadeiramente significativa.

Em relação à religião institucionalizada, Kierkegaard critica a forma como a fé se tornou algo superficial e vazio, desprovido de uma relação verdadeira com o transcendente. Ele defende a importância de uma fé pessoal e individual, baseada na experiência e na relação direta com Deus.

Influência do Kierkegaardianismo na filosofia contemporânea

O Kierkegaardianismo exerceu uma grande influência na filosofia contemporânea, especialmente no campo da filosofia da existência e do existencialismo. Filósofos como Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger foram influenciados pelas ideias de Kierkegaard e desenvolveram suas próprias teorias sobre a existência humana e a busca por sentido.

O Kierkegaardianismo também influenciou áreas como a psicologia, a literatura e a teologia. Sua abordagem da angústia, da liberdade e da busca por autenticidade ressoa em muitos aspectos da experiência humana e continua a ser objeto de estudo e reflexão nos dias de hoje.

Conclusão

Em suma, o Kierkegaardianismo na filosofia é uma corrente que se baseia nas ideias e conceitos desenvolvidos por Søren Kierkegaard. Seus principais temas incluem a angústia, o desespero, a busca pela autenticidade e pelo sentido da vida, além da crítica à sociedade e à religião institucionalizada. Sua influência na filosofia contemporânea é evidente, e suas ideias continuam a ser discutidas e estudadas até os dias de hoje.