Arnaldo Antunes
Biografia de Arnaldo Antunes
Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho, amplamente reconhecido como Arnaldo Antunes, desempenhou papéis multifacetados ao longo dos anos como músico, letrista, poeta e artista visual.
Sua popularidade no Brasil disparou graças à sua colaboração no trio Tribalistas, ao lado de Carlinhos Brown e Marisa Monte.
Arnaldo Antunes veio ao mundo em São Paulo (SP) no dia 2 de setembro de 1960.
O Início
Nascido de Arnaldo Augusto Nora Antunes e Dora Leme Ferreira Antunes, Arnaldo é o quarto de sete irmãos. A lista de irmãos inclui: Álvaro, Maria Augusta, José Leopoldo, Cira, Sandra e Maria Renata.
Tendo crescido em São Paulo, seu talento artístico começou a florescer no colégio Equipe, onde, junto com o colega Paulo Miklos, deu seus primeiros passos na poesia. Em 1973, ele começou a esboçar seus primeiros versos e ilustrações.
Com um amor profundo pela literatura, ele entrou na Faculdade de Letras da USP. Em 1979, com a mudança de sua família para o Rio de Janeiro, ele transferiu seus estudos em Letras para a PUC-Rio.
Trajetória musical
Com amigos como Paulo Miklos, José Roberto Aguilar e Go, ele co-fundou o grupo artístico Aguilar e Banda Performática, que estreou um álbum em 1982.
Nesse intervalo, juntamente com colegas de escola, ele deu vida à banda Titãs do Iê-Iê. Mais tarde, apenas o nome “Titãs” foi adotado, e o grupo lançou seu álbum de estreia em 1984.
Banda Titãs
A banda, que lançou seu debut em 1984, alcançou reconhecimento nacional, com Arnaldo Antunes ganhando destaque em todo o Brasil. Suas composições não só foram entoadas por sua banda, mas também foram reimaginadas por vários músicos amigos.
O elenco original dos Titãs incluía: Arnaldo (vocais), Paulo Miklos (vocais e sax), Sérgio Britto (vocais e teclado), Branco Mello (vocais), Nando Reis (baixo e vocais), Ciro Pessoa (vocais), Marcelo Fromer e Tony Bellotto (guitarras) e André Jung (bateria).
Ao longo dos anos, a banda continuou a se apresentar e lançar novos álbuns.
Em 1992, Arnaldo Antunes tomou a decisão de se despedir dos Titãs. Mesmo após sua partida, ele continuou a escrever para a banda.
Tribalistas (2002)
Em colaboração com Marisa Monte e Carlinhos Brown, 2002 viu o nascimento do projeto Tribalistas.
Recebendo elogios tanto do público quanto da crítica, o trio lançou álbuns e DVDs que ultrapassaram a marca de um milhão e meio de vendas. Hits notáveis do grupo incluem Já sei namorar, Beija eu e Velha infância.
Com o projeto Tribalistas, Arnaldo foi agraciado com o Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro em 2003.
Composições para espetáculos Junto com suas gravações individuais e colaborativas, Arnaldo também criou várias trilhas sonoras, sendo a mais notável para o Grupo Corpo.
No ano 2000, ele foi responsável pela direção musical do show O Corpo, interpretado por um coletivo de dançarinos contemporâneos.
Trabalhos solo de Arnaldo Antunes
- Nome (1993)
- Ninguém (1995)
- O Silêncio (1996)
- Um Som (1998)
- Paradeiro (2001)
- Saiba (2004)
- Qualquer (2006)
- Ao Vivo no Estúdio (2007)
- IêIêIê (2009)
Seu debut na literatura foi durante os anos escolares com a novela Camaleão, impressa e distribuída entre os colegas.
Durante os anos, paralelamente à sua carreira musical, Arnaldo Antunes mergulhou no mundo dos livros. Na década de 80, ele começou a editar revistas literárias e a lançar coletâneas de poesia.
Inicialmente, suas obras eram de caráter informal, compartilhadas apenas entre amigos. Em 1983, ele foi oficialmente publicado por uma editora, estreando com Ou e.
Com sua primeira esposa, Go, ele co-escreveu vários livros artesanais (A flecha só tem uma chance, Deu na cabeça de alguém uma árvore, Um piano e muitas galinhas).
Sua obra As coisas, de 1993, foi agraciada com o Prêmio Jabuti de Poesia.
Arnaldo Antunes consolidou-se como uma figura icônica da poesia visual brasileira.
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Vida pessoal
Ele viveu sete anos (1980-1987) casado com Go. Após o fim desse relacionamento, ele se uniu a Zaba Moreau, com quem compartilha a paternidade de quatro filhos: Rosa, Celeste, Brás e Tomé.
Participações
- Hangar – The Reason of Your Conviction, narração na faixa Just The Beginning (2007)
- Nando Reis – Jardim-Pomar, na faixa “Azul de Presunto” (2016)
Videografia
- Nome (1993)
- Tribalistas (2002)
- Ao Vivo no Estúdio (2007)
- Ao Vivo lá Em Casa (2010)
- Pequeno Cidadão (2011)
- Especial MTV – A Curva da Cintura (2011)
- Acústico MTV – Arnaldo Antunes (2012)
- Tribalistas (2017)
Livros
- Ou e (Edição do autor, 1983).
- Psia (Expressão, 1986).
- Tudos (Iluminuras, 1991).
- As Coisas (Iluminuras, 1991). Vencedor do Prêmio Jabuti.
- Nome (BMG,1993).
- 2 ou + Corpos no Mesmo Espaço (Perspectiva, 1997).
- Doble Duplo (Zona de Obras / Tan, 2000).
- 40 Escritos (Iluminuras, 2000).
- Outro (Mirabilia, 2001).
- Palavra Desordem (Iluminuras, 2002).
- ET Eu Tu (Cosac & Naify, 2003).
- Antologia (Quasi, 2006).
- Frases do Tomé aos Três Anos (Alegoria, 2006).
- Como É que Chama o Nome Disso (Publifolha, 2006).
- Melhores Poemas (Global Editora, 2010).
- n.d.a. (Iluminuras, 2010).
- Animais (Editora 34, 2011).
- Cultura (2012).
- Saiba (DBA Editora, 2013).
- Outros 40 (Iluminuras, 2014).
- “Agora aqui ninguém precisa de si” (2015). Vencedor do Prêmio Jabuti.
- Família (2015). em coautoria com Tony Bellotto
Televisão
- MTV Brasil – Grêmio Recreativo (2011)
Cinema
Em 1985, atuou no filme Areias Escaldantes, um musical brasileiro.
Em 2010, atuou no filme Eu e Meu Guarda-Chuva.
Em 2018, foi tema do documentário autobiográfica Com a palavra, Arnaldo Antunes, dirigido pelo cineasta Marcelo Machado.
Coluna do Belo traz a história do cantor Arnaldo Antunes (17.03.17)
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